Buraco que abriu na Dr.Timóteo tem ligação com obras do conduto Álvaro Chaves

O buraco que abriu na tarde desta terça-feira (19) no cruzamento das ruas Dr. Timóteo com Marquês do Herval, no bairro Moinhos de Vento, em Porto Alegre, tem relação com as obras do Conduto Forçado Álvaro Chaves. A afirmação é da Diretora-Geral Adjunta do Departamento de Esgotos Pluviais (DEP) Denise Cantarutti. Ela acredita que o buraco que abriu desta vez ainda é reflexo das fortes chuvas que atingiram a capital no final do mês de outubro.

Naquela época, um buraco semelhante abriu na mesma rua, a cerca de 20 metros do atual. Segundo a diretora adjunta do DEP, parte da areia que fica entre a tubulação e o asfalto soltou e foi deslocada, o que provocou o afundamento.  Denise Cantarutti, inclusive, não descarta mais afundamentos caso chova forte na cidade. "Se cair uma bomba d'água, que faça a rede sofrer uma grande pressão, pode abrir um novo buraco, inclusive alargar esse mesmo buraco. Só saberemos depois de fazer a vistoria. Precisamos vistoriar toda a rede para evitar que isso aconteça", afirma.

Equipes do DEP fizeram uma vistoria nesta terça-feira e voltam ao local na manhã desta quarta-feira para uma nova avaliação. Somente depois disso é que será possível saber quais são as causas dos constantes problemas. A diretor-geral do DEP, no entanto, não crê que a obra tenha sido mal executada. "O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA-RS) fez uma vistoria quando abriu o primeiro buraco (na Coronel Bordini) e constatou que uma série de fatores desencadearam o problema. Não creia em má execução, pois se fosse isso a obra não teria aguentado quase seis anos de chuvas fortes", explica.

Nos próximos dias, uma empresa será contratada para fazer uma vistoria em todo o trajeto do conduto, pronto há cinco anos. Serão gastos R$ 150 mil nessa contratação. Depois disso, o consórcio que fez a obra será acionado para iniciar o conserto, já que a obra tem garantia até março do ano que vem. A obra, construída para drenar os alagamentos na região na avenida Goethe, custou quase R$ 60 milhões.