
A sessão desta terça-feira (7) da Câmara Municipal de Cachoeirinha, na Região Metropolitana, voltou a contar com a participação do vereador Juca Soares (PSD). O parlamentar está detido no Presídio Central, mas, de forma virtual, pôde interagir com os colegas e votar na 45ª Sessão Ordinária.
A presença virtual do vereador foi autorizada na última quinta-feira (2) pela juíza Sonáli da Cruz Zluhan, da 1ª Vara de Execuções Criminais. José Francisco Soares da Silva, conhecido como Juca Soares, está preso de forma preventiva desde agosto, após uma operação da Polícia Civil.
O vereador é suspeito de envolvimento com uma facção que atua no município. Após a detenção, o parlamentar solicitou uma licença das atividades na Câmara, que tem prazo máximo de 120 dias e estava próxima de expirar. Se não retornasse, Juca Soares pode ter mandato cassado, conforme o regimento interno da Casa.
— Ele não foi cassado. O mandato dele seguia ativo e o único impedimento para participar da sessão era uma autorização da Justiça. Como o prazo estava próximo de acabar, fizemos o pedido e recebemos um retorno positivo na última semana. Apresentamos precedentes de casos semelhantes no país que corroboraram para a decisão — explicou o representante de Juca, advogado Dênis Rogério Alves de Oliveira.
Além da sessão desta terça-feira, o parlamentar está autorizado a participar da sessão da próxima semana — a última do ano.
GZH entrou em contato com a presidência da Câmara de Cachoeirinha para buscar um posicionamento sobre o ocorrido, mas, até o momento, não obteve retorno.
O Ministério Público informou que, após tomar ciência da autorização, estuda medidas que podem ser tomadas.