Novos vazamentos de diálogos entre integrantes da força-tarefa da Lava-Jato mostram que o coordenador das investigações, procurador Deltan Dallagnol, estaria planejando montar uma empresa para ganhar dinheiro com palestras. Junto com um colega do Ministério Público Federal, Dallagnol pretendia aproveitar a fama adquirida com a investigação. "Vamos organizar congressos e eventos e lucrar, ok? É um bom jeito de aproveitar nosso networking e visibilidade", teria escrito o procurador.
A reportagem do jornal Folha de S.Paulo deste domingo (14), feita em parceria com o site The Intercept Brasil, mostra supostas conversas de Dallagnol com o também procurador Roberson Pozzobon. Juntos, eles projetariam colocar as próprias mulheres no comando da empresa, de forma a camuflar a propriedade do negócio. Num dos diálogos, em 14 de fevereiro de 2019, Dallagnol sugere que a organização dos eventos ficasse a cargo de Fernanda Cunha, dona da firma Star Palestras e Eventos. Procuradores são proibidos por lei de gerenciar empresas, podendo apenas atuar como sócio ou acionistas.
Diálogos vazados
Deltan Dallagnol pretendia montar empresa para lucrar com o sucesso da Lava-Jato, diz jornal
Coordenador da força-tarefa planejava colocar empresa no nome da mulher e aproveitar visibilidade adquirida com operação