A deputada estadual Janaina Paschoal (PSL-SP) afirmou nesta segunda-feira (18) que considera "inadequada" a demora do presidente Jair Bolsonaro em tomar uma decisão a respeito da demissão ou não de Gustavo Bebianno do cargo de secretário-geral da Presidência da República.
— É inadequado que o presidente deixe essa situação se estender por tanto tempo. Decidiu demitir, demite, para gerar um pouco mais de estabilidade ao país — disse a jornalistas, após participar de almoço da bancada paulista do partido com a Fiesp.
— Porque (se tomar a decisão de forma rápida) não fica essa situação desconfortável para todas as partes e de insegurança para o país — complementou.
Janaina evitou afirmar se é a favor ou não da demissão, argumentando que essa não é uma decisão que cabe a ela. No entanto, quis ressaltar, "para ser justa", que Bebianno, enquanto presidente do partido, não tem controle de como o dinheiro da sigla é distribuído, em referência ao caso de candidatas laranjas.
— Do ponto de vista de uma ilicitude, eu não vejo uma responsabilidade dele. A responsabilidade da assinatura todo gestor tem. Pelo que veio à tona não tem ilicitude, então não justifica muito (a demissão). Eu atribuo esse episódio mais a uma questão pessoal do Bebianno com o presidente — avaliou Janaína.
Para ela, parece haver um desgaste na relação dos dois.
— Aparentemente não há mais confiança. Ele não está saindo ou vai sair por um caso de ilicitude, mas por perda de confiança — destacou.
A deputada afirmou também que não acredita haver um movimento de migração da família Bolsonaro para o novo partido que está sendo criado com a sigla UDN (União Democrática Nacional).
— Eu estive com o Eduardo (Bolsonaro, deputado federal pelo PSL de São Paulo) e ele me disse que não existe isso. Se há, eu não estou sabendo — garantiu a deputada.
Para Janaina, o ideal seria que o Brasil permitisse a candidatura avulsa, sem necessidade de vinculação partidária.