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Diante da ameaça tucana de abandonar o governo Michel Temer, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse nesta quarta-feira (29) que “o PSDB não está mais na base de sustentação do governo”. Em entrevista no Palácio do Planalto, o ministro admitiu que já considera certa a saída dos integrantes da sigla e que isso deve se concretizar a partir de 9 de dezembro, quando ocorre a convenção nacional do partido.
Nos bastidores, Padilha trabalha pela substituição do atual ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy (PSDB-BA), por um integrante do PMDB. Na semana passada, o plano de colocar o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) na pasta foi frustrado pela mobilização de uma ala do PSDB.
Nesta quarta, Padilha desconversou sobre o caso de Marun e disse que, mesmo com o desembarque tucano, a decisão de manter ministros do PSDB no governo caberá ao presidente Temer.
– Uma coisa é estar no governo representando o partido, daí haveria constrangimento. Outra coisa é a cota pessoal do presidente – afirmou.
O ministro disse que, independentemente da saída do PSDB, espera o apoio dos parlamentares da sigla na reforma da Previdência, que pode ser levada a votação ainda neste ano.
– Deverá ter de parte do PSDB o apoio (à reforma), pela sua história, por aquilo que sempre pregou – provocou.
Padilha disse que não descarta uma parceria com o PSDB para 2018. Mas, para isso, considera indispensável que o partido “defenda o legado do presidente Michel Temer”.