A ex-presidente Dilma Rousseff usou sua conta oficial no Twitter, nesta quinta-feira (3), para criticar a decisão da Câmara dos Deputados, que na quarta-feira (2) não autorizou o prosseguimento da denúncia por corrupção passiva contra o presidente Michel Temer. Em uma sequência de posts, Dilma atacou os deputados que votaram favoravelmente ao parecer de Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), que recomendou a rejeição da acusação da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o chefe do Executivo.
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"Os deputados que salvaram o presidente golpista de ser julgado no STF (Supremo Tribunal Federal) são os mesmos que, ano passado, iniciaram a fraude do impeachment", escreveu em um dos tuítes.
O relatório favorável a Temer passou no plenário da Câmara, na noite de quarta, com 263 votos favoráveis, 227 contrários, duas abstenções e 19 ausências. Em outro tuíte, a ex-presidente cita que os deputados que barraram a denúncia são os mesmos que colocaram Eduardo Cunha, preso na Lava-Jato, na presidência da Casa. Em seguida, Dilma cita uma frase do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) para demonstrar o poder de Cunha no meio político:
"Razão tem o senador Renan em dizer que Eduardo Cunha governa desde a prisão de Curitiba".
Dilma também usou a rede social para agradecer os deputados e deputadas "que estiveram ao lado da legalidade e da justiça e não traíram a democracia e a nação brasileira".
"Resta-nos continuar lutando contra a pauta regressiva dos golpistas que serão julgados pela história e condenados pelo voto popular", concluiu na série de postagens sobre o assunto.