Uma comitiva de cinco deputados estaduais está em Brasília para fazer pressão e exigir a votação do projeto que renegocia a dívida dos Estados. Eles devem participar da reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado nesta terça-feira (11).
O projeto não foi votado no início de fevereiro porque a ministra Ideli Salvatti solicitou, em nome do Palácio do Planalto, que o Senado "segurasse" o projeto. Segundo ela, o momento internacional não era oportuno para a aprovação da mudança.
Os senadores ainda aguardam uma nova posição do governo. Entretanto, as consequências para o Rio Grande do Sul seriam grandes. O próprio governador Tarso Genro comentou que se o projeto não for aprovado, as dificuldades na governabilidade do Estado seriam grandes. Sendo assim, um dos projetos que estaria em risco seria o metrô de Porto Alegre, já que a construção teria aporte de verbas do Estado, município e Governo Federal.
Defendida por Estados e municípios, a proposta troca o indexador das dívidas - atualmente o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), mais 6% a 9% de juros ao ano - pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), mais 4% de juros ou pela a taxa Selic, o que for menor. Outros Estados do Sul também devem fazer pressão na mesma reunião da CCJ do Senado em Brasília.