Os vereadores de oposição ao prefeito de Porto Alegre, José Fortunati (PDT), garantiram a 12ª assinatura necessária para pedir a instalação da CPI do Instituto Ronaldinho Gaúcho. O requerimento de abertura da CPI foi protocolado nesta quinta-feira na Câmara da Capital.
A 12ª assinatura foi de Maristela Maffei (PC do B), que é suplente do vereador Toni Proença (PPL). Toni está de licença para tratar de assuntos pessoais desde segunda-feira, quando Maristela assumiu sua vaga. O vereador licenciado integra a base aliada de Fortunati, mas Maristela é da oposição.
- Assumiu uma vereadora justamente do PC do B, que é o partido de Manuela D'Ávila (principal adversária de Fortunati na eleição para a prefeitura). Isso cheira a política eleitoral - disse o presidente da Câmara Municipal, Mauro Zacher (PDT), membro do mesmo partido do prefeito.
Zacher encaminhou o pedido de CPI à Comissão de Constituição e Justiça da Casa. A ideia é avaliar se a assinatura de Maristela vale. É que o vereador Toni Proença encerra sua licença no próximo sábado. Portanto, quando a CPI for de fato instalada, Maristela já estará fora da Câmara.
Mas assessores da própria base aliada estão preocupados. Haveria uma jurisprudência do Supremo Tribunal Federal dizendo que os requisitos constitucionais para a instalação de uma CPI devem ser analisados no momento do protocolo. Neste caso, a assinatura de Maristela serviria para abrir a CPI do Instituto Ronaldinho.
Pedido anterior de implantação da CPI foi rejeitado
Investigação
Oposição garante assinaturas necessárias para instalar CPI do Instituto Ronaldinho Gaúcho na Câmara da Capital
A suplente Maristela Maffei, do mesmo partido de Manuela D'Ávila, assumiu uma cadeira e assinou requerimento
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