Um comerciante de Balneário Pinhal, no Litoral Norte, é investigado por suposta coação eleitoral de seus funcionários. Aldo Menegheti, que também é vereador do município pelo MDB, foi alvo de uma ação civil pública ajuizada nesta terça-feira (11) pelo Ministério Público do Trabalho do Rio Grande do Sul (MPT), após falas proferidas durante uma sessão ordinária na câmara, no último dia 3 de outubro.
O vereador é dono da loja Artesanato Meneghetti, loja que leva o sobrenome dele, mas grafado com duas letras T.
Menegheti fez críticas ao candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, e relaciona sua gestão com o aumento de roubos a estabelecimentos, ameaçando fechar sua loja “se o Lula inventar de ganhar, e eles inventarem roubar, assaltar”.
Além disso, durante o pronunciamento, o comerciante diz que deixará de ser bonzinho e começará a ser ruim caso o petista retorne à presidência: tem a democracia, eles votem em quem quiser, mas se o Lula ganhar, o Menegheti não vai ser o Menegheti bonzinho aquele, eu vou ser o Menegheti ruim. Porque eles querem é o ruim.”
Na ação o MPT argumenta que “o fato de a ameaça ter sido feita na tribuna de uma Câmara legislativa maximiza a pressão sobre os trabalhadores”, pelo denunciado ter supostamente feito uso do poder público para coagir trabalhadores de sua empresa, solicitando um pagamento de R$ 100 mil.
O órgão pede ainda que a empresa se abstenha de veicular propaganda político-partidária em bens móveis e demais instrumentos laborais dos empregados, de obrigar, exigir, impor, induzir ou pressionar trabalhadores para realização de qualquer atividade ou manifestação política em favor ou desfavor a qualquer candidato ou partido político. Caso a justiça acate a ação, o empresário deverá reforçar, em comunicados por escrito, o direito livre de escolha política dos trabalhadores.
Contraponto
GZH entrou em contato com Aldo Menegheti, que disse estar em uma sessão e retornaria assim que possível.