O Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE-RS) vai dar início ao transporte das urnas eletrônicas para os locais de votação no Estado na próxima sexta-feira (30), dois dias antes do primeiro turno das eleições. O processo, que envolve 27.197 urnas, será finalizado no sábado (1º).
Os equipamentos sairão de 140 depósitos diferentes, que ficam junto a cartórios eleitorais do Estado. O transporte é feito por uma empresa terceirizada, contratada pelo TRE-RS.
Na sexta-feira, 13% das urnas eletrônicas serão levadas aos locais de votação, como escolas e prédios públicos. No sábado, serão transportados as 87% restantes.
Coordenador de Sistema de Eleições e Logística do TRE-RS, Cássio Zasso explica que a logística é acertada de acordo com as realidades locais.
— Depende muito do ritmo de trabalho dos cartórios e da disponibilidade dos prédios. Há locais em que a preferência é por deixar na sexta-feira, e outros, no sábado. Assim, esse acerto é feito localmente — detalha Zasso.
Além das 27.197 urnas que funcionarão como seções eleitorais, há ainda cerca de 2,7 mil equipamentos que ficam de reserva, para caso haja a necessidade de troca.
Teste de integridade
Neste ano, o teste de integridade das urnas, realizado desde 2020 no dia das eleições, tem como novidade a inclusão da biometria em avaliações feitas nos locais de votação. No Estado, os testes serão feitos somente em Porto Alegre.
Para o projeto-piloto definido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), serão utilizadas quatro urnas, todas no prédio 11 do campus da PUCRS, em razão da logística e da estrutura. Nesses pontos onde o projeto será realizado, os eleitores serão convidados a participar, mas não haverá obrigatoriedade.
O teste começa com a preparação de urnas de papel no sábado, véspera do primeiro turno, quando partidos e entidades fiscalizadoras colocam nessas unidades votos em candidatos reais.
No dia da eleição, quem aceitar o convite da Justiça Eleitoral para participar do teste de integridade vai usar sua digital para habilitar uma das quatros urnas eletrônicas definidas para a testagem. Em seguida, o voluntário deixará a sala.
No equipamento, um servidor do TRE digitará o voto que consta na urna de papel. O objetivo é saber se o equipamento eletrônico registra e totaliza o número total de votos e eleitores.
O voluntário não votará uma segunda vez, ele apenas usará a biometria para ativar o equipamento que será testado. Os resultados do teste não são somados à totalização de votos na urna eletrônica da seção eleitoral real.