Fora do páreo segundo pesquisa divulgada no sábado (6) pelo Ibope, o agora eleito senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) não só conseguiu garantir a vaga, como também ficou com o maior percentual dos votos, à frente do petista Paulo Paim. O resultado, tido como inesperado por muitos, não surpreendeu o gaúcho de Candelária, que tem no agronegócio seu principal eleitorado. Confira trechos da entrevista de Heinze.
O senhor aparecia em quarto na última pesquisa. O resultados nas urnas surpreendeu?
A gente também vinha monitorando. E quando a gente fazia pesquisa dentro da proporcionalidade do Estado, já dava um resultado diferente. Para mim não surpreendeu. Andei em Caxias do Sul, em Porto Alegre. Foi a primeira vez que fiz campanha na Capital. Entrei na Lomba do Pinheiro, onde nunca tinha andado, e vi na rua que andei a manifestação positiva das pessoas. No centro, a gente via também via esse sinal positivo. Onde andávamos, víamos isso.
Sua base eleitoral sempre esteve no meio rural. A que atribuiu a votação também fora dele?
Em São Borja (cidade onde iniciou a carreira política como prefeito), em Santiago, as pessoas me conhecem. Acho que nosso programa de TV mostrou quem a gente é. Mostrou um outro Heinze, que o povo não conhecia.
A despeito da candidatura de seu partido, que indicou Ana Amélia para vice de Geraldo Alckmin, o senhor manifestou apoio formal a Jair Bolsonaro (PSL). Qual o peso dele na sua eleição?
Foi importante, muito importante. O povo quer um candidato mais de direita. Hoje, somos eu e a Carmem (Flores, candidata ao Senado pelo PSL) que temos isso. O povo hoje queria mudar. O Bolsonaro me ajudou, agora eu tenho de ajudá-lo. Vou trabalhar, fazer de tudo para que ele seja eleito, porque acredito no seu projeto de governo.
Há algum tipo de negociação para que ocupe um ministério em eventual governo de Bolsonaro?
Isso não tem nada a ver. Nunca conversamos sobre isso. Sou senador. Neste momento, meu objetivo é esse.