A expectativa do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE-RS) é de que as filas que geraram transtorno em 7 de outubro não se repitam no segundo turno. No domingo de votação (28/10), a identificação por biometria — apontada como razão para os transtornos — deve ser mais ágil. Isso porque somente quem já fez o cadastro digital ou teve seus dados importados do Instituto Geral de Perícias (IGP) terá de passar pelo novo processo. Pessoas que não votaram na primeiro turno ou que não tiveram informações repassadas ao TRE pelo IGP (o tribunal afirma ter solicitado cadastro de aproximadamente três milhões de cidadãos, mas recebeu retorno de metade) participam do pleito sem o uso da digital.
O que continuará sendo feito é a validação da identidade, com biometria , de quem já teve os registros repassados pelo IGP. Ou seja: trata-se de confirmar se a documentação da pessoa fecha com a digital que instituo tem dela.
Ao chegar ao local de votação e informar seus dados aos mesários, o eleitor será avisado se precisa ou não identificar-se por meio da digital. Caso sim, passará por até quatro tentativas de leitura. Os que não demandarem esse procedimento passam direto à cabine de votação.
— Não temos dúvida de que haverá um processo natural de melhoria para o segundo turno, além de não ter mais seis cargos (em disputa). Agora são só dois. Isso, além de diminuir o tempo de votação, reduz a possibilidade de erro do eleitor e faz fluir melhor o processo — prevê o titular da Secretaria de Tecnologia da Informação do TRE-RS, Daniel Wobeto.
Outra ação para agilizar a votação foi tomada previamente. Trata-se de reforçar com mesários e fiscais, por meio de orientações ou conversas, algumas dicas para facilitar a identificação. Um delas tem relação com o posicionamento do dedo no leitor. Conforme Wobeto, urna mais antigas, dos modelos 2009/2010 — que representam mais da metade das usadas no RS —, só fazem o reconhecimento depois que um sinal é emitido. Logo, é preciso posicionar o dedo no dispositivo após a luz acender.
— Outra questão é que não adianta colocar só um pedaço de dedo, é preciso colocar toda a parte em que está a digital — explica Wobeto, complementando com uma sugestão:
— O suor evidencia a digital. Então, pôr o dedo na testa, por exemplo, facilita a autenticação.
Conforme o TRE, também foram identificadas as seções do Estado que apresentaram desempenho abaixo da média na hora de identificar eleitores. Wobeto afirma que foram cerca de 200 locais e que, em parte deles, as urnas foram substituídas.
Dicas para agilizar a votação:
- Consulte o endereço de sua seção para não errar o local e compareça com documento oficial de identicação (que contenha foto ) à mão.
- A Justiça Eleitoral recomenda aos eleitores que levem uma "cola" com os números dos candidatos.
- Respeite os mesários e siga as orientações.
- As manifestações individuais de apoio a candidatos ou partidos devem ser silenciosas. O eleitor pode usar camiseta, bandeira, broche e adesivo, desde que esteja sozinho. Não são permitidas manifestações coletivas.
É proibido:
- Portar celulares, filmadoras, máquinas fotográficas ou qualquer instrumento que possa comprometer o sigilo do voto dentro da cabine eleitoral. O mesário pode reter esses aparelhos enquanto o eleitor vota e devolver posteriormente.