Os valores aplicados nas três áreas que, historicamente, mais preocupam a população cresceram nos últimos três governos com mandatos concluídos no Rio Grande do Sul – Germano Rigotto (MDB), Yeda Crusius (PSDB) e Tarso Genro (PT) –, sendo que, na gestão petista, atingiram a soma mais alta. Isso não significa que os aportes resolveram todos os problemas e que inexistam questionamentos sobre a eficácia do gasto. A situação continua desafiadora.
Elaborada a partir de um pedido de dados à Secretaria Estadual da Fazenda, a radiografia das finanças estaduais entre 2003 e 2014 contempla ainda desembolsos com pessoal e custeio e a relação entre despesas e receitas a cada quatro anos. Os resultados da atual administração, de José Ivo Sartori (MDB), não estão incluídos, porque o governo ainda está em andamento.
O que mais pesou no aumento registrado em educação e segurança, destaca o economista Ely José de Mattos, da PUCRS, foram os gastos com pessoal. Não por menos: os dois setores abarcam as maiores categorias de servidores (policiais militares e professores), e boa parte dos recursos foi usada para pagar salários, não só de ativos, mas também de aposentados.
Na saúde, o avanço se deu por força da lei complementar que, em 2012, regulamentou a aplicação de recursos públicos na área – os aportes não podem ser menores do que 12% da Receita Líquida de Impostos e Transferências (RLIT). A seguir, confira nos gráficos como evoluiu o percentual da RLIT destinado a cada área e os valores corrigidos destinados por governo.