Vinte e seis dos candidatos a deputado estadual e federal de Caxias do Sul têm curso superior completo, o que significa 49% do total dos 53 representantes na disputa proporcional, filiados a partidos na cidade (35 à Assembleia Legislativa e 18 à Câmara dos Deputados). Entre os que buscam uma cadeira de deputado estadual, 18 têm graduação superior completa (33,96% sobre o total de candidatos em Caxias e 51,4% em relação apenas aos que disputam este cargo). Para federal, são oito (15% sobre o total de candidatos em Caxias e 44,4% sobre os que disputam este cargo).
Na outra extremidade verificam-se seis postulantes registrados com o grau de escolaridade apenas que identifica quem sabem ler e escrever, representando 11,3% em relação ao total de candidatos da cidade na proporcional. Os dados amparam-se na declaração à Justiça Eleitoral.
Caxias está acima do índice estadual de candidatos com superior completo. No RS, os nomes a estadual neste nível representam 42,81% e para federal, 47,08%. Os 26 candidatos correspondem a 5,9% dos 434 candidatos neste nível em todo o Estado.
Em relação aos que só leem e escrevem, a cidade também supera o Estado. Os registrados apenas como alfabetizados que concorrem a estadual são quatro (7,54%, percentual em relação ao total de candidatos à proporcional em Caxias); para federal, dois (3,77%). No Estado, são 16 para estadual (2,37%) e oito para federal (2,59%). Este item mostra uma curiosidade que repercute negativamente para a cidade: no RS, são 24 os nomes registrados à disputa proporcional neste grau de escolaridade; em Caxias, são seis, 25% da representatividade gaúcha.
Candidatos dizem que foi erro de registro
Apesar de registrados como se fossem apenas alfabetizados, os seis candidatos garantem que possuem escolaridade, ensino fundamental ou até ensino médio completo. Um caso chama atenção. A candidata Aline de Conto (PEN) é técnica em enfermagem e cursa o terceiro semestre de bacharel em enfermagem. Ela diz que assinou uma declaração onde atestava que sabia ler e escrever, não sendo solicitado comprovante de escolaridade.
O próprio presidente do PEN municipal e candidato a deputado federal, João Maria Alves Dreher, se enquadra nesta situação. Ele diz que tem ensino médio, é ex-cabo da Brigada Militar e foi aprovado no vestibular de Direito, embora não tenha cursado.
- O registro foi feito pelo partido em Porto Alegre. Na convenção, como os candidatos não tinham levado diplomas e comprovante de escolaridade, para agilizar pediram para que fosse feita uma declaração de próprio punho (que sabia ler e escrever) - conta Dreher, admitindo que a baixa escolaridade registrada pode repercutir mal, depondo contra a imagem do candidato.
>> Confira as escolaridades e ocupações dos candidatos caxienses, conforme registro no TRE
Eleições 2014
Quase a metade dos candidatos de Caxias do Sul tem ensino superior completo
Vinte e seis dos 53 que concorrem a deputado federal e estadual cursaram uma faculdade
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