A Câmara de Vereadores de Caxias do Sul aprovou por unanimidade na sessão desta terça-feira um aumento no salários dos servidores municipais do Executivo e do Legislativo. Será concedido um reajuste de 0,67% que corresponde à reposição da inflação dos últimos três meses, conforme a política salarial adotada pelo Município.
Além da reposição do índice inflacionário do trimestre, também haverá um aumento de 1,5% de ganho real no salários dos funcionários, decorrente do dissídio da categoria negociado com o Sindicato dos Servidores Municipais (Sindiserv). Os dois percentuais totalizam 2,17% de reajuste, calculado sobre os salários de junho de 2014 e que tem vigência a partir de 1º de julho deste ano. As funções gratificadas também serão reajustadas conforme a lei.
Os reajustes para a Câmara e para a prefeitura tramitaram em projetos de leis distintos. A proposta da prefeitura foi deliberada em regime de urgência. O vereador Daniel Guerra (PRB) questionou a concessão do ganho real aos cargos em comissão (CCs). Na primeira discussão das matérias, ele pediu vista aos projetos com a intenção de protocolar uma emenda concedendo apenas a reposição da trimestralidade aos CCs, não o ganho real.
- São cerca de 6 mil funcionários efetivos e cerca de 300 CCs. Em nome dos concursados, voto favorável, mas manifesto meu repúdio ao reajuste para os CCs. O impacto total dos projetos é de quase R$ 40 mil a mais por mês, que poderiam ir para outras áreas como a saúde e a educação - afirmou.
Colega de bancada de Guerra, Renato Nunes acompanhou o discurso do vereador. Líder de governo na Câmara, Pedro Incerti (PDT) destacou que o reajuste é o desfecho da negociação salarial da prefeitura com o sindicato da categoria e defendeu que quem não concordasse deveria votar contra os projetos por uma questão de coerência.
Guerra afirmou que os dois CCs vinculados ao gabinete dele, que atuam como assessores políticos sob a categoria 6 (salário líquido de R$ 3.279,78), devolverão aos cofres públicos a diferença do ganho real. Alguns vereadores, como Jaison Barbosa (PDT) e Henrique Silva (PCdoB) questionaram a decisão de Guerra.
- Eu acredito que ele cometeu um ato de assédio porque, em cima de uma discussão, decidiu que os assessores não vão receber o aumento. Até que ponto ele tem esse poder? - apontou Silva, cobrando providências da Mesa Diretora.
Funcionalismo
Câmara de Caxias do Sul aprova reajuste de 2,17% para servidores municipais
Percentual é formado pela reposição da inflação do trimestre (0,67%) e por ganho real (1,5%)
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