
A Polícia Civil de São Marcos está apurando as circunstâncias que levaram à morte de uma cachorra. O caso aconteceu na manhã desta terça-feira (25) na área central da cidade.
Segundo o delegado responsável pelo caso, Rafael Keller, a tutora do animal morto registrou o boletim de ocorrência. Ela alega que a cachorra foi morta após ser atingida pelo chute de um homem que estava passando pela rua no mesmo momento que ela.
Conforme o registro da ocorrência, a tutora do animal morto conta que a cachorra estava solta, caminhando ao lado dela na rua. Ao notar outro cão, que estava acompanhado de um homem, ela teria se afastado para cheirar o animal. Nesse momento, o homem teria chutado a cachorra, que morreu no local.
O delegado Keller confirmou que já ouviu o depoimento do suposto agressor. Segundo o homem, a cachorra teria avançado contra o cachorro dele. Diante disso, ele teria desferido o chute para defender o animal. A polícia deve analisar imagens de câmeras de segurança para confrontar as versões.
A prefeitura de São Marcos confirmou que o suposto agressor é servidor do município e atuava desde janeiro na comunicação. Ele será exonerado na manhã da quarta-feira (26).
"Ela era minha companheira há 10 anos, estou arrasada"
Jaciara Balduíno, tutora da pinscher Jady, conta que a agressão aconteceu por volta das 7h15min desta terça. Ela retornava para casa após ter deixado a filha na escola. Depois de ter estacionado o carro em frente ao prédio que mora, Jady saiu do veículo e ficou esperando a Jaciara na calçada.
A tutora confirma que viu o homem com o cão caminhando na direção dela. Ela narra que Jady se aproximou para cheirar o animal, contudo nesse momento, Jaciara estava retirando o gato da família do veículo quando ouviu um som muito alto. Quando se virou, viu Jady caída e com muito sangue escorrendo pela cabeça.
— Ela morreu na hora, ali na minha frente. Ele passou por mim como se nada tivesse acontecido. Minha cachorrinha tinha 10 anos, era uma pinscher minúscula. Não tinha forças para morder. Estou arrasada. A Jady era a minha companhia e da minha filha — se emociona.
Segundo ela, o suposto agressor, que é seu vizinho de prédio, teria pedido desculpas pelo ocorrido na frente de policiais. O homem alegou que teria cometido a agressão por impulso.
"Estou sem chão com o que aconteceu"
O homem envolvido no caso de agressão com a pinscher, alega que agiu para proteger o próprio cão. Diz que estava passeando com o cão, um mini maltês, quando a cachorra apareceu, vinda da rua, e teria começado a morder as costas do animal.
— Eu fiz barulho para ver se ela se afastava, mas no impulso de defender o meu cachorro afastei ela com a perna. Como era leve, acabou batendo a cabeça. Peguei meu cachorro, subi correndo com ele para o apartamento, deixei ele lá e desci correndo para socorrer a cachorra, mas já era tarde — garante.
O homem, que veio de São Paulo para atuar na comunicação da prefeitura de São Marcos, diz estar "sem chão" depois do ocorrido. Ele relata estar sendo alvo de ameaças devido à repercussão do caso na cidade.
— As pessoas se esquecem que do outro lado tem um homem com um família, com filho. Eu sempre tive cachorro, não tenho antecedentes criminais, me coloquei à disposição para auxiliar no que fosse preciso.