Foi sepultado na manhã desta segunda-feira (14), no Cemitério Municipal de Canela, Igor Emanuel Rodrigues, 42 anos, que foi morto a facadas em Cambará do Sul na madrugada de domingo (13). O crime segue em investigação, sendo que a suspeita inicial é que ele tenha sido morto pela esposa, que está desaparecida desde a noite do crime.
A ocorrência teve início por volta de 1h30min, quando a Brigada Militar (BM) foi acionada pelo 190 por populares que relataram uma briga de casal na Rua Dona Ursula. Os policiais se deslocaram ao endereço e foram abordados por uma vizinha, que relatou que um homem teria sido ferido pela companheira dele, a qual fugiu da casa após o crime.
Rodrigues foi encontrado caído no chão da moradia, com uma toalha em cima do corpo. Os policiais isolaram o local e acionaram o Samu, que constatou o óbito.
Vizinhos relataram ainda que a suspeita poderia ter se deslocado para a casa da mãe dela. Policiais militares foram até o endereço, mas não encontraram a mulher. A mãe da suspeita informou que a filha esteve lá, com o seu bebê recém-nascido, e relatou que teria apanhado novamente do companheiro, por isso precisaria fugir, porque ele poderia vir atrás dela.
Conforme o delegado Gustavo Barcellos, que investiga o caso, a linha de investigação da Polícia Civil é de que o homicídio tenha sido praticado pela companheira da vítima, que ainda não foi localizada. Uma pessoa já foi ouvida e outros familiares serão solicitados para prestarem depoimento.
—Nós procuramos ela no domingo, mas não a localizamos. Ela até fez contato com a delegacia, dizendo que iria se apresentar, mas até agora não se apresentou (14h50min de segunda-feira). Agora, vamos ouvir testemunhas, pessoas que conviviam com eles e tenham conhecimento do histórico de violência e aguardar o resultados periciais. Informalmente, sabemos que foi mais de um golpe — explica Barcellos.
O delegado Barcellos confirma que a mulher já havia registrado ocorrência de violência doméstica contra Rodrigues. Como a suspeita ainda não se apresentou e deu a sua versão dos fatos, não é possível saber se ela foi agredida na noite do homicídio.