A Polícia Civil de Caxias do Sul possui três suspeitos do assassinato do colombiano Ricardo Andres Orozco Rios, 43 anos, que foi esfaqueado dentro de uma casa no bairro Sagrada Família no sábado (14). Dois deles são os moradores da residência onde o homicídio aconteceu. O terceiro é o motorista de um Prisma branco. O veículo foi encontrado no endereço do crime, mas foi declarado como roubado logo após o homicídio.
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O primeiro suspeito é um jovem de 25 anos que foi detido pelos policiais militares logo após o assassinato. Em depoimento na delegacia, o rapaz admitiu ser morador da casa onde Rios foi assassinado, mas alegou não ter participado do crime. Ele identificou como autor das facadas um homem de 32 anos, que é seu amigo de infância e com quem dividia a casa há dois meses. Ambos eram moradores de Nova Santa Rita, na Região Metropolitana, antes de vir para a Serra.
Sobre o homicídio, o suspeito declara que estava em seu quarto jogando videogame e, por volta das 17h, um conhecido de seu amigo chegou em um Prisma branco. Cerca de 15 minutos depois, ele ouviu o barulho de uma motocicleta e viu a chegada de Rios _ a quem afirma não conhecer. Momentos depois, ouviu gritos e correu para a sala, onde viu seu amigo e o outro homem atacando o colombiano com uma faca.
O suspeito conta que ficou apavorado, voltou para o quarto e recolheu algumas roupas para sair de casa, mas viu seu amigo subir na motocicleta da vítima e sair em disparada. O suspeito afirma que correu para os fundos da moradia junto com o motorista do Prisma _ foi quando a viatura da BM apareceu.
No depoimento, o rapaz afirma que não sabe a razão da briga em sua casa, mas acredita que seja um motivo criminoso. Ele aponta que seu amigo de infância era usuário de cocaína e seria o proprietário dos simulacros de arma de fogo que foram encontrados pelos PMs na residência.
Durante as buscas, os PMs encontraram a motocicleta de Rios na BR-116, próximo a entrada do bairro Santa Corona. O veículo foi abandonado com a chave na ignição. O segundo morador da residência e o motorista do Prisma não foram encontrados. Eles estão identificados e serão procurados pela Delegacia de Homicídios. Os três suspeitos não possuem antecedentes criminais. Como não há mandado de prisão contra os suspeitos, o nome deles não é divulgado.
O corpo da vítima está no Departamento Médico Legal (DML), que foi procurado por um ex-cunhado do colombiano. Ele informou que iria conseguir uma procuração da família, que está na Colômbia, para realização do translado.
Prisma era utilizado em aplicativo de carona
No local do homicídio, cerca de uma hora após o crime, apareceu o proprietário do Prisma branco. Ele relatou que recebeu o telefonema do familiar de um prestador de serviço que trabalha como motorista de aplicativo de carona. O familiar afirmou que o automóvel havia sido roubado. O proprietário utilizou o rastreador para localizar o Prisma, mas quando chegou ao endereço encontrou a viatura policial e ficou sabendo do homicídio. O veículo continuava estacionado na garagem da casa do crime.