A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre o assassinato e esquartejamento de Patricia Marques Muller ocorrido em Bom Jesus em abril deste ano. Dois dos três suspeitos foram presos preventivamente e o terceiro continua foragido da Justiça.
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A investigação concluiu que o trio matou a mulher com uso de um serrote e de um machado, cortou partes do corpo dela e ateou fogo. Conforme a polícia, Patrícia saiu de Feliz, onde morava, para viver com amigas em Bom Jesus, em 9 de abril. O último contato dela com familiares foi no dia 21 de abril, data do seu aniversário. O corpo foi encontrado em uma estrada na localidade de Mandaçaia, a cerca de quatro quilômetros da área urbana de Bom Jesus, no dia 8 de maio. Estava parcialmente carbonizado, em decomposição e com partes desmembradas. Ela foi identificada pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP) por meio de uma prótese em uma perna, de tatuagens e exame de DNA. Segundo informações repassadas pela família à polícia, ela estava grávida de quatro meses.
A necropsia apontou que ela foi atingida com golpes de objeto cortante mas não foi possível concluir se estava viva ou morta quando foi esquartejada e queimada. A polícia conseguiu chegar à casa que teria sido usada para o assassinato na Rua Arlindo Panenbeker, no bairro Santa Catarina, onde foram encontradas diversas peças de roupa, cinco facas, um serrote, um machado e outros objetos. O exame de DNA comprovou que o sangue que estava no serrote e machado eram da vítima.
Foram identificados três homens que estavam na casa e são suspeitos de praticarem o crime e tentarem ocultar o corpo. Douglas Córdova Borges, 20 anos, morador de Bom Jesus, foi preso por tráfico em 16 de maio, mas foi indiciado pelo homicídio. Tobias Almeida Santos, 21, foi encontrado e preso em Porto Alegre, no dia 31 do mesmo mês. O terceiro indiciado, Lucas Rodrigo da Silva Velleda, 20, está foragido. Ele é natural da Capital, mas estava em Bom Jesus havia vários meses. Ainda conforme a polícia, o trio seria integrante de uma facção ligada ao tráfico de drogas e teria matado Patrícia porque ela teria contato, em Feliz, com pessoas de uma facção rival.
Em rede social, Santos postou uma foto de Patrícia morta. Mesmo tendo sido apagada, uma imagem da postagem consta no inquérito. A polícia ainda tenta obter um vídeo que circulou por redes sociais e que teria sido feito pelos criminosos junto à vítima antes de ela morrer. Quem tiver as imagens pode entrar em contato com a Polícia Civil de Bom Jesus pelo telefone (54) 3237-1057. É garantido o anonimato.