
O governador Eduardo Leite (PSDB) visitará a obra do novo presídio de Bento Gonçalves no início da tarde desta sexta-feira (5). A estrutura está aparentemente concluída; contudo, ainda não foi entregue pela construtora e já sofreu quatro alterações no seu cronograma de inauguração — que, originalmente, previa a entrega da obra em janeiro.
Leia mais
Após três prazos adiados, a expectativa é que presídio de Bento Gonçalves abra até o final de junho
Prédio está pronto, mas não há cronograma para inauguração do novo presídio de Bento Gonçalves
Bento Gonçalves pede interdição e demolição do presídio
Apesar da expectativa, a assessoria de imprensa da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) nega que o governador fará qualquer anúncio sobre a abertura da nova cadeia.
A visita do governador será acompanhada pelo secretário estadual de Administração Penitenciária e o juiz Nilton Filomena, que responde pela Vara de Execuções Criminais (VEC) da Serra. Na ocasião, será entregue uma nova viatura aos agentes penitenciários do município.
Nesta manhã, Eduardo Leite acompanhou a posse da nova diretoria da Famurs e, para o final da tarde, está agendada uma visita ao Festiqueijo em Carlos Barbosa.
Cronograma já teve quatro alterações
O cronograma para entrega do novo presídio de Bento Gonçalves já teve quatro alterações. Na última manifestação, a Susepe informou que trabalhava para que a entrega da obra acontecesse até o final de junho — o que também não aconteceu. A Susepe evita falar em datas ou qualquer outro detalhe do planejamento para abertura da nova cadeia.
Inicialmente, a conclusão estava prevista para o final de janeiro de 2019, conforme cronograma físico-financeiro estabelecido em contrato com a empreiteira, a Verdi Sistemas Construtivos Ltda, com sede em Ivoti. Porém, antes que o tempo expirasse, a construtora pediu prorrogação de 60 dias para entrega da obra, o que estendeu o prazo para abril. A nova data coincidiria com a formatura dos 127 novos agentes penitenciários que, em parte (cerca de 80), atuarão no local. Contudo, a instalação da parte elétrica se tornou um problema e levou ao anúncio que a entrega do presídio ficaria para maio. Para a ligação da subestação particular da penitenciária, a RGE negociava o orçamento de uma obra necessária em via pública na rede de média tensão. Sem dar detalhes, a Assessoria de Imprensa da Susepe informa que“a empresa responsável já está resolvendo os problemas”.
A estrutura, que abrigará 420 detentos (apenas presos do regime fechado) em 48 celas, é composta por 18 prédios interligados que custarão,ao final,cerca de R$ 31 milhões. Além das duas galerias com 48 celas, o projeto prevê ambulatório, lavanderia, cozinha industrial, prédio administrativo e pavilhão para receber as visitas.