Muito antes da frase Quem ama não mata invadir os muros por meio de pichações, muito antes do playboy Doca Street matar a socialite Ângela Diniz em Búzios (RJ), caso marcante da crônica policial brasileira, houve uma regra em Caxias do Sul que considerava a paixão como motivo suficiente para um homem sangrar esposa ou namorada com tiros e navalhadas e ser absolvido pelo assassinato na Justiça. Naquele tempo, era a mulher quem deveria provar ser merecedora da condição de vítima de um estupro e ou de uma agressão. Soa como ficção, mas são fatos comprovados em documentos do Judiciário e da polícia.
Raízes da violência
Nem todos os homens que matavam mulheres em Caxias eram condenados na Justiça
Jurados acolhiam com frequência a tese da legítima defesa da honra ou de que maridos cometiam os crimes por estarem abalados emocionalmente
Adriano Duarte
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