A Polícia Civil indiciou um casal pelo latrocínio (roubo com morte) do empresário Gregório Bruschi, sócio-proprietário da rede de supermercados Grepar de Bento Gonçalves. O inquérito foi concluído nesta segunda-feira (26). Como o Poder Judiciário não decretou a prisão preventiva pela investigação do latrocínio, a Polícia Civil decidiu por não divulgar o nome dos indiciados. O casal está recolhido ao sistema penitenciário em razão de condenação por outros crimes contra o patrimônio.
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O crime aconteceu na noite de 6 de setembro, quando um criminoso armado e encapuzado invadiu a filial do Grepar no bairro Botafogo. O empresário vinha dos fundos do mercado e levantou as mãos para o alto, mas foi atingido por um disparo nas pernas. Bruschi foi socorrido e permaneceu internado por três dias, mas não resistiu ao ferimento.
Para o delegado Álvaro Becker, não há dúvidas sobre o crime. O latrocínio fica configurado pois o ladrão levou R$ 2,6 mil dos caixas.
— Estamos tranquilos. Chegaram várias informações desencontradas, mas investigamos e apuramos que se tratava de um latrocínio e que o autor é esse que está preso. Não foi possível um reconhecimento pessoal, porque as testemunhas só viram o assaltante com a cara tapada. Mas todas as testemunhas apontaram (o investigado) como sendo parecido com o indivíduo que atirou contra o Gregório — resume.
O investigado optou por se manifestar somente em juízo. Sobre a participação da mulher, o delegado da 2ª Delegacia de Polícia (2ª DP) relata que testemunhas apontaram que ela esteve no mercado para comprar cerveja minutos antes do crime.
— Possivelmente, estava verificando o "terreno" para a realização do roubo. As testemunhas reconheceram ela. Ela frequentava o mercado. Eles já haviam sido vítimas dela (em outros crimes) — explica Becker.
Na época do latrocínio, o casal era considerado foragido da Justiça. Durante as investigações, eles foram capturados e seguem recolhidos no Presídio Estadual de Bento Gonçalves.
A arma utilizada no assalto não foi localizada pela Polícia Civil, que segue em diligências. O laudo da perícia não retornou, mas o delegado Becker acredita que foi utilizado um revólver calibre .38.