Suspeito de ser o autor de uma sequência de assaltos recentes em Caxias do Sul, Alex Borges Padilha, 36 anos, foi preso em flagrante pela Brigada Militar (BM) na tarde desta segunda-feira. No crime mais recente, o autuado utilizou dois celulares embrulhados para simular ter uma pistola por baixo da blusa. De acordo com a Polícia Civil, Padilha aparece em imagens de outros cinco roubos que estão em investigação. Vítimas que reconhecerem o flagrado devem procurar a 1ª Delegacia de Polícia (1ª DP) para realizar o reconhecimento.
Padilha foi preso logo após o assalto a uma loja de malas na Avenida Júlio de Castilhos, por volta das 13h30min. Durante a ação, uma funcionária se escondeu no estoque da loja e conseguiu ligar para o 190. O suspeito, que estava sendo monitorado pela BM há alguns dias, foi abordado há duas quadras de distância da loja pela Ronda Ostensiva com Apoio de Motos (Rocam). O detido estava com os dois celulares embrulhados e uma pequena quantia em dinheiro, que havia sido roubada da loja.
Extraoficialmente, Padilha teria admitido aos policiais que estava assaltando para sustentar o vício em drogas. Contudo, na delegacia, o preso optou por permanecer em silêncio.
Esta nova sequência de assaltos, que está sendo investigada pela 1º DP, começou em meados de outubro. Os alvos preferenciais eram lojas da área central que só tivessem atendentes mulheres. O criminoso ficava com a "arma" embaixo da blusa, ameaçava as vítimas, recolhia o dinheiro e fugia em poucos minutos.
— Já estávamos trabalhando (nesta sequência de crimes) até por conta do monitoramento das lojas. A investigação está adiantada e, com a prisão, iremos agilizar os inquéritos e apresentar todos os casos para pedir a prisão preventiva e assim, mantê-lo recolhido (no sistema prisional). Por isso, as vítimas (que o reconhecerem) devem procurar à delegacia para esclarecermos o maior número de casos possíveis — ressalta o delegado Vitor Carnaúba, titular da 1ª DP.
Padilha possui duas páginas policiais com dezenas de passagens por roubo, furto, receptação, porte ilegal de arma, posse de drogas, violação de domicílio e desacato. O primeiro registro remete a 1996, quando tinha apenas 14 anos. Ele estava em liberdade condicional desde 26 de março, quando foi solto em Novo Hamburgo.
A Polícia Civil pretende unir os diversos inquéritos contra Padilha para representar pela prisão preventiva do investigado e, assim, mantê-lo recolhido por mais tempo. As vítimas que já registraram ocorrência do roubo sofrido, devem procurar a 1ª DP para os últimos passos da investigação. Aquelas que, por ventura, ainda não tiverem relatado o crime à Polícia Civil, devem procurar a Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) e informarem o nome do suspeito.