A Polícia Civil de Caxias do Sul indiciou Sabata Michele Barros Gomes, 40 anos, pela morte do companheiro Elvis da Silva Cislaghi, 40. A autora confessa responde a acusação em liberdade, pois a 1ª Vara Criminal não deferiu a prisão preventiva representada pela Delegacia de Homicídios. A decisão revoltou a família da vítima, que planeja uma passeata para pedir por Justiça.
Cislaghi foi assassinado na residência que morava sozinho na Rua Gemma Angonese Zago, loteamento Treviso. Ele foi encontrado morto pela mãe de 75 anos na manhã do dia 29 de agosto.
— Foi um crime bárbaro. Foram quase 50 golpes de facão, sendo 24 na cabeça, a perícia mostrou. Não foi um crime normal. E por que a juíza negou (a prisão)? Por que é homem (vítima) pode ficar solta? Só por que não foi em flagrante? — questiona Laura Leite, irmã de Cislagui.
O inquérito foi remetido ao Fórum no dia 1º de outubro. Sabata foi indiciada por homicídio duplamente qualificado, com meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima.
— (No depoimento,) ela alegou ter sido agredida pelo investigado e acabou pegando um facão pequeno e deflagrando diversos golpes — relata o delegado Rodrigo Kegler Duarte.
A família, contudo, possui outra versão para o crime.
— Eles começaram discutir por R$ 100, que ele teria prometido para ela. Eles haviam se conhecido pelo Facebook no ano passado, ficaram separados por oito meses, se reencontraram e ela começou a pedir dinheiro dele. Ela levou celulares, relógio e outros pertences dele (após o crime). Ela confessou porque as mãos estavam machucadas dos diversos golpes de facas que deu nele — afirma Laura.