A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul vai gastar R$ 2.785.447,50 com o auxílio-mudança na legislatura 2019-2022. O benefício que corresponde a dois salários mensais, atualmente no valor de R$ 25.322,25, sendo que um é pago no início e o outro no final do mandato. Os 55 deputados têm direito a receber a ajuda de custo, conforme resolução de 2013 assinada pelo ex-presidente da Assembleia, deputado Pedro Westphalen (PP).
O auxílio é um deboche para a grande maioria da população que vive com um salário mínimo de R$ 998, e para um Estado que não consegue cumprir com sua obrigação básica de pagar em dia os salários dos servidores públicos. Os deputados deveriam colocar em prática o discurso de austeridade com o dinheiro público. Poderiam começar, por exemplo, reduzindo o número de cargos em comissão (CCs). Cada deputado pode nomear de nove a 17 CCs, com o custo de R$ 69.817,75 a R$ 74.592,48 por mês, respectivamente.
Os quatro deputados da Serra já definiram o que pretendem fazer com o auxílio. Reeleito para o segundo mandato, Elton Weber (PSB), teria direito a mais de R$ 50 mil – um auxílio do final do primeiro mandato e outro para o início do segundo. Ele pretende distribuir a quantia para entidades de Nova Petrópolis, Três Coroas e de Porto Alegre – de R$ 3 mil a R$ 5 mil para cada instituição. O mesmo ocorrerá com o deputado eleito, Neri, O Carteiro (Solidariedade) que doará a verba para atender pessoas com necessidades especiais.
Já a deputada eleita Fran Somensi (PRB) deverá usar o auxílio para pagar as despesas do gabinete de trabalho a ser criado em Farroupilha.
O deputado eleito Pepe Vargas (PT) não respondeu como pretende utilizar a ajuda de custo.
Segundo a Assembleia, o valor é pago a todos os deputados que tomarão posse no dia 31 de janeiro. O primeiro suplente do MDB, Carlos Búrigo, não receberá o benefício. O valor será destinado ao titular da cadeira, deputado Juvir Costella (MDB).