
Quatro homens foram mortos em uma ação da Brigada Militar no bairro Primeiro de Maio na manhã desta quinta-feira. Ainda não há identificação e nem detalhes das circunstâncias. Até o momento, não houve pronunciamento das autoridades.
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Três das quatro mortes teriam ocorrido em uma moradia, localizada próxima a uma associação de recicladores na Rua Antonio Nakhoul El Andari. Uma quarta pessoa foi atingida em uma viela. Conforme a Brigada Militar, uma espingarda calibre 12 e três revólveres foram encontrados no interior da residência.
Próximo ao local, moradores e familiares das vítimas protestaram contra a ação da polícia. Durante os momentos de tensão, um dos policiais militares apontou a arma em direção às pessoas, conforme presenciado pela reportagem do Pioneiro.
— Eles simplesmente arrombaram a porta e entraram atirando, sem ordem nenhuma e sem ter certeza que estava lá dentro — relatou a empregada doméstica, Marcia Fátima Silva dos Santos, que seria a mãe de uma das vítimas e afirmou morar em uma das moradias anexas da residência.
Após o isolamento do local, um efetivo considerável foi realocado para a ocorrência. Antes da chegada da perícia, mais de 10 viaturas estavam distribuídas pela rua. O Pelotão de Choque foi posicionado para proteger os acesso e garantir o transporte dos corpos.
De acordo com o comandante do 12º Batalhão de Polícia Militar (12º BPM), major Jorge Emerson Ribas, a guarnição foi deslocada para local para averiguação de um ponto de tráfico. Porém, ao chegarem na casa, foram recebidos a tiros.
— Uma investigação do setor de inteligência com apoio do Comando de Operações Especiais (COE) foi até lá para averiguação. Dois policiais entraram na viela, com o suporte de um terceiro. O confronto aconteceu entre os dois primeiros e os quatro indivíduos que estavam dentro da casa. Depois, um tentou fugir pelos fundos, mas a moradia já estava cercada. Nenhum policial ficou ferido — conta.
O comandante relata ter se impressionado com a quantidade de tiros. Ele também explica que investigações iniciais apontam para uma provável ligação dos mortos com uma facção.