Anderson Lima de Miranda, 34 anos, foi indiciado nesta quarta-feira pelas mortes de Jonas Almeida de Mello, de 26, e Lilian Cassini, 21. Eles foram executados na noite de 17 de outubro no bairro Planalto, em Caxias do Sul. O carro em que o casal estava foi atingido por, pelo menos, 30 tiros. Após a execução do casal, a Brigada Militar iniciou a perseguição de outro veículo ocupado por cinco pessoas, inclusive Miranda.
Houve confronto e quatro ocupantes do carro foram mortos na Vila Ipiranga. Miranda e seus comparsas possuíam antecedentes criminais. Com os criminosos, foram apreendidas uma submetralhadora, duas espingardas calibre .12, duas pistolas, um revólver e coletes à prova de balas.
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De acordo com o delegado Rodrigo Duarte, da Delegacia de Homicídios e Desaparecidos, Miranda foi indiciado por duplo homicídio qualificado e três tentativas de homicídio contra os policiais que se envolveram na perseguição. O indiciado também responderá por porte ilegal de arma de fogo e receptação de fg
Em decorrência do confronto com a BM, Miranda ficou hospitalizado até a manhã desta quarta-feira. Ele recebeu alta médica e foi conduzido ao sistema penitenciário. Além da prisão em flagrante, o homem era foragido da prisão domiciliar.
O inquérito policial foi remetido dentro do prazo de 10 dias justamente por existir um réu preso. A investigação prossegue e busca esclarecer a motivação da execução. Para a Polícia Civil, está claro que o alvo do ataque era Mello, que possuía antecedentes criminais. A primeira tese sobre o crime remete a uma vingança de um duplo homicídio ocorrido no bairro Fátima.