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O sinal verde para a ampliação do Pronto-Atendimento 24 Horas (Postão) de Caxias do Sul, dado pelo Ministério da Saúde, pode ajudar a aliviar o caixa da prefeitura. É que a obra deve possibilitar que o prédio se transforme em uma unidade de pronto-atendimento (UPA) porte 2, o que abre portas para custeio parcial pelo governo federal. O valor é pequeno, de R$ 175 mensais, mas pode subir para cerca de R$ 300 mil se o município posteriormente conseguir a classificação para uma UPA 3, mesmo modelo da UPA Zona Norte. Atualmente, o Postão custa cerca de R$ 2 milhões mensais à prefeitura.
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A ampliação ainda não havia sido liberada pelo Ministério da Saúde por falta de espaço físico para crescimento do Postão para as laterais e consequente adaptação a uma UPA – o Ministério não permitiu que novas alas fossem erguidas em outro andar. Em visita a Caxias na semana passada, um assessor técnico e um arquiteto do Ministério concordaram com a ampliação em uma área dentro do próprio prédio, já que o Postão foi construído com um vão central.
O projeto será preparado pela Secretaria Municipal do Planejamento (Seplan) e a expectativa da secretária da Saúde, Dilma Tessari, é lançar a licitação até o final do ano. A prefeitura já dispõe de R$ 232 mil para iniciar a obra e R$ 800 mil para o mobiliário, repassados pelo governo federal ainda em 2013. O espaço vai possibilitar a ampliação de uma sala de observação.
– Antes, eles entendiam que faríamos uma reforma. Vieram aqui in loco e apontaram a área que aceitaram para ampliação – explica a secretária, acrescentando que os atendimentos seguirão normalmente durante a obra.
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Conforme Dilma, os dois profissionais que estiveram na cidade avaliaram inicialmente que o Postão tem condições de ser uma UPA de porte 3, o que aumentaria a verba federal. Para isso, a ideia é futuramente realizar uma reforma, que dependeria da transferência dos serviços para a UPA da Zona Norte. A unidade, no entanto, ainda não abriu as portas.
UPAs de porte 2 atendem uma média de 250 pacientes ao dia, em áreas com 100 a 200 mil habitantes. Já as UPAs de porte 3, a 350 pessoas ao dia, em áreas com 200 a 300 mil habitantes.