O aeromóvel da região das Hortênsias ainda precisa percorrer um longo caminho burocrático até sair do papel. A ideia surgiu há cerca de um ano, mas até agora ocorreram apenas discussões sobre o conceito do projeto. Para que ele possa avançar, é preciso primeiro elaborar o projeto básico, que ainda não tem prazo para ficar pronto.
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Conforme o Secretário de Trânsito e Mobilidade Urbana de Gramado, André Castilhos, seis reuniões já foram realizadas para discutir o modelo da linha, que deve ligar Gramado e Canela. Inicialmente a ideia era criar um modal de transporte, mas isso exigiria a construção de elevadas nas vias centrais do município. No entendimento do secretário, os viadutos descaracterizariam o centro. Dessa forma, a nova concepção prevê o transporte voltado principalmente ao turismo, com a linha passando por fora da área central.
O número de estações e os pontos exatos por onde o aeromóvel deve passar são especificados pelo projeto básico. Por causa disso, as discussões com a comunidade somente podem ocorrer depois da conclusão do documento.
O projeto básico será elaborado pela empresa Aeromóvel do Brasil, criadora da tecnologia. De acordo com o diretor-executivo da empresa, Marcus Coester, depois da definição dos pontos de parada, que deve ser realizado pelas prefeituras, outros estudos precisarão ser realizados para a criação do projeto. Entre eles está o valor da tarifa, já que a intenção é que a construção e a operação fiquem a cargo da iniciativa privada.
"O próprio aeromóvel pode ser uma atração turística. Hoje uma parcela considerável das pessoas que utilizam o aeromóvel em Porto Alegre, não precisa realizar o deslocamento, vai apenas para andar", revela Coester.
Segundo o ex-presidente da Trensurb, Marco Arildo Cunha, que assessora as discussões, antes do projeto básico ser concluído é preciso um alinhamento entre as prefeituras. A partir disso, pode-se buscar uma parceria com o governo do Estado, já que a linha deve passar pela RS-235. De acordo com ele, apesar da linha ter foco no turismo, também pode servir de modal de transporte, já que cerca de 5 mil moradores de Canela trabalham em Gramado. Apesar de estar ainda na fase de discussões, Cunha acredita que a linha pode estar em funcionamento em dois anos.
Tecnologia
Aeromóvel da região das Hortênsias depende de projeto básico para avançar
Responsáveis pelo projeto discutem modelo de funcionamento da linha há cerca de um ano
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