
As negociações para transferir recicladores da Rua Cristóforo Randon, em Caxias do Sul, para pavilhões a serem construídos em um terreno da Rua Dom João Scalabrini avançaram, segundo a secretaria de Planejamento e Parcerias Estratégicas. De acordo com o chefe da pasta, Marcus Caberlon, a tratativa entre SER Caxias e Banrisul para a obtenção do terreno está finalizada e agora passa por comitês do banco para validação.
— O valor para pagar o terreno já está separado no caixa do Caxias há muito tempo. Não é essa a questão. A questão agora é só legal e assinar — confirma o presidente da SER Caxias, Roberto de Vargas.
O local foi hipotecado pelo clube no passado e atualmente pertence ao Banrisul que espera, segundo Caberlon, a aprovação dos comitês, na próxima semana, para efetivar o contrato:
— A expectativa do banco é de que a aprovação ocorra até o fim de março. Quando o clube for dono dos terrenos, a prefeitura vai entrar no processo e negociar uma operação que envolva a construção e locação de pavilhões para a colocação dos recicladores. Temos todo o interesse do mundo, mas depende do fechamento da operação do Caxias com o Banrisul.
Desde que a Rua Cristóforo Randon foi alargada, em 2016, no bairro Euzébio Beltrão de Queiróz, catadores tomaram o espaço da calçada ao lado do Centro de Treinamento Baixada Rubra. Em frente funcionam reciclagens que compram os materiais, na maioria deles papelão e alumínio.
Para solucionar o problema, que também afeta o Caxias, prefeitura e clube encontraram no terreno, localizado nos fundos do CT, o local ideal para o funcionamento das reciclagens.
— Assim, não serão deslocados para outra região onde já estão habituados, solucionamos o problema do trânsito e também dos recicladores que hoje trabalham em locais quase que improvisados. Hoje ainda não temos com quem negociar, mas é o Caxias o ator, que tem legitimidade para pleitear os terrenos.