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A baixa adesão na vacinação infantil em Caxias do Sul motivou a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Caxias do Sul, por meio da Vigilância Epidemiológica e do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs), a realizar uma pesquisa sobre o porquê do baixo número de crianças vacinadas.
A estratégia será de enviar questionários virtuais aos pais das crianças e aos profissionais da área da saúde. O objetivo é entender os motivos para a redução da cobertura vacinal e traçar estratégias para reverter o quadro no município. De acordo com a diretora técnica da Vigilância Epidemiológica da SMS, Magda Teles, a cobertura vacinal em Caxias está diminuindo gradativamente.
— Com a pesquisa, a Vigilância pode entender qual o ponto que está levando à baixa cobertura e, a partir disso, elaborar atividades focadas na raiz do problema. Depois de observar as ações realizadas no ano passado para melhorar a cobertura, pensamos em escutar diretamente a população — explica Magda.
O baixo número na cobertura vacinal das crianças tem preocupado as equipes da SMS. No ano passado, os índices de vacinação ficaram abaixo da meta estipulada. No último ano, a vacina contra a poliomielite alcançou 83,26% do público-alvo em Caxias do Sul, enquanto a meta nacional do Ministério da Saúde é de alcançar 95% das crianças.
Os questionários da pesquisa foram elaborados pelo Cievs e pela Vigilância Epidemiológica e leva apenas três minutos para ser respondido. O questionário não solicita nenhum dado pessoal para quem responde.
"Eu me sinto orgulhosa de saber que elas estão vacinadas"
O sentimento de Grasieli Cristina Tamanho, moradora do Bairro Charqueadas, em Caxias, e mãe da Tauani, 12, Ágata, 10, e Ísis, de seis meses, é de orgulho pelo cuidado que tem pelas filhas. Para ela, a vacinação é importante para evitar a propagação de doenças.
— Eu acho a vacinação bem importante. Todos os pais poderiam pensar que a vacinação evita a propagação das doenças. Eu digo que todo mundo deveria se vacinar, acho importante para o crescimento das crianças — destaca.
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Para Grasieli, estar atenta às datas da vacinação é uma tarefa rotineira.
— As meninas do postinho (de saúde) colocam na carteira de vacinação a data da próxima vacina. Então, eu vou cuidando no calendário e levo elas. Sempre, todos os meses, é assim. Tanto que nessa semana, na sexta-feira, tem mais uma — explica Grasieli.
Para ela, vacinar é um ato de amor, carinho e respeito com as crianças.
— Eu fico bem preocupada, por exemplo, com a paralisia. É uma vacinação que tem hoje em dia. A gente pode evitar essa doença. É uma coisa que o Sistema Único de Saúde (SUS) está dando, de graça. Acho mais do que justo fazer todas — pontua.
Grasieli explica que, para ela, pesquisar sobre as campanhas de vacinação já é uma tarefa que faz parte da rotina.
— Tirar cinco minutos do dia para dar uma olhadinha na caderneta de vacinação é fácil e rápido. É cuidar, é amor, é carinho, é respeito e é para elas crescerem bem.
Dados divulgados pela SMS sobre a cobertura vacinal em 2022 em Caxias
A meta é alcançar 95% do público-alvo. Para as vacinas BCG e Rotavírus, a meta é de 90%; hepatite B para crianças de até 30 dias tem meta de 100%.
:: BCG: 85,23%
:: Hepatite B em crianças de até 30 dias: 92,09%
:: Rotavírus: 84,10%
:: Meningococo C: 78,77%
:: Penta: 83,90%
:: Pneumocócica: 85,28%
:: Poliomielite: 83,26%
:: Febre Amarela: 66,78%
:: Hepatite A: 88,35%
:: Tríplice Viral: 87,50%