O morador da Serra que vai aproveitar o feriadão de Proclamação da República no Litoral vai precisar de atenção redobrada na Rota do Sol. Embora a rodovia não esteja em condições tão precárias quanto já esteve em anos anteriores, há diferenças visíveis nas condições de conservação, dependendo do trecho. Os dois segmentos que mais exigem atenção ficam entre Fazenda Souza e a localidade de Lajeado Grande, em São Francisco de Paula, além da descida da Serra.
Nesta terça-feira (8), o Pioneiro percorreu a rodovia entre Caxias do Sul e Curumim para verificar o estado do asfalto, da sinalização e da vegetação. Quem se desloca a partir de Farroupilha e precisa circular pelo trecho urbano de Caxias vai encontrar a rodovia com pavimento bem conservado entre o viaduto torto e saída para Flores da Cunha. Entre o viaduto sobre a Rua Ludovico Cavinato e a travessia sobre a RS-122, há deformações e irregularidades pontuais. O trecho passou por recuperação há cerca de um ano, por isso a pintura da pista também está em boas condições.
A partir do entroncamento de acesso ao bairro Santa Fé, as condições pioram, com o pavimento mais antigo. O motorista vai encontrar rachaduras e pequenos buracos que não chegam a atrapalhar a viagem. Em todo o contorno urbano se percebe placas danificadas, desgastadas ou cobertas de fuligem.
Do entroncamento com a BR-116 em diante, a atenção passa a ser para as obras de recapeamento asfáltico que estão em andamento na rodovia. Ainda que eventualmente não haja equipes trabalhando no feriadão, os pontos já recuperados não contam com sinalização. Além disso, degraus na pista podem exigir diminuição da velocidade. Na última terça-feira (8), as equipes trabalhavam próximo do acesso à localidade de Santo Homo Bom. De acordo com o Daer, a recuperação vai se estender até a rótula de acesso a Fazenda Souza e tem duração prevista de 30 dias.
Após o trecho de obras, é visível o desgaste do pavimento que será substituído, mas as condições mais precárias se revelam depois do entroncamento para acessar o distrito caxiense. Os 47 quilômetros deste ponto até Lajeado Grande concentram os maiores problemas da rodovia, principalmente no sentido Litoral-Serra. O motorista vai encontrar irregularidades causadas por tapa-buracos emergenciais e pontos com bastante desgaste no pavimento. Para quem volta da praia, é preciso desviar de um dos raros buracos de grande porte pouco antes de Vila Seca. A sinalização do trecho está em boas condições, mas as rachaduras na pista e os buracos pequenos — além de um grande e profundo — seguem até a região do Apanhador.
Das proximidades da Penitenciária Estadual, até Lajeado Grande, os pontos com rachaduras e buracos se alternam com trechos de pavimento em boas condições. Os destaques, porém, ficam para as localidades de Décio Ramos e o entorno do trevo de Lajeado Grande.
É nesse ponto que tem início um dos trechos da Rota do Sol em melhores condições de conservação. São cerca de 40 quilômetros até Tainhas em excelente estado, com problemas pontuais que não chegam a atrapalhar o motorista. Os principais danos identificados são algumas placas danificadas e piora no pavimento próximo ao entroncamento com a RS-020. O segmento também passou por recuperação em pontos críticos há um ano.
Até o início da descida da Serra, o motorista também vai encontrar irregularidades e problemas pontuais. O destaque nesse trecho, porém, é para a sinalização mais desgastada, exigindo um cuidado maior, principalmente à noite.
O caminhoneiro João Celso Kalinovski, 57 anos, se desloca de duas a três vezes por dia de Caxias do Sul até o km 251, pouco antes de Aratinga, para transportar material de construção até a obra de implantação do pelotão rodoviário às margens da rodovia. Na avaliação dele, a rodovia já esteve em condições piores:
— Tem alguns trechinhos com buracos, mas no geral está bom. É um buraco que outro, nada que vá atrapalhar — observa.
Atenção à descida da Serra
Outro ponto que exige mais cuidado é a descida da Serra. As consequências do tráfego de caminhões pesados em direção ao Litoral são perceptíveis nas ondulações do asfalto causadas pelas rodas dos veículos. Essas condições podem pegar motoristas desavisados de surpresa, já que têm potencial de desestabilizar veículos com velocidades maiores. A pintura da pista também apresenta pontos de desgaste e há placas cobertas pela vegetação.
A partir da descida da Serra até o entroncamento com a BR-101 há irregularidades no asfalto em alguns pontos, mas sem buracos. As condições melhoram na medida em que o motorista se aproxima de Curumim, com as melhores condições entre a BR-101 e a Estrada do Mar. Assim como os demais trechos com boa trafegabilidade, o segmento do Litoral passou por recuperação no ano passado.
De acordo com o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), além das obras em andamento em Caxias do Sul, "houve uma operação tapa-buracos no trecho entre Fazenda Souza e Lajeado Grande. Essa equipe está atuando, neste momento, na RS-122, entre Antônio Prado e Vacaria e deve retornar em cerca de dez dias para a Rota do Sol".