Carinhoso, atencioso, gentil, bem humorado e apaixonado por dirigir. Essa é a lembrança que Rosa Maria Gomes Paniz, 58 anos, guarda de Jenquiel Pereira Pires, 31, morto nesta sexta-feira (30) em acidente na Rota do Sol, em Caxias do Sul. A moto em que ele estava bateu em um carro no quilômetro 74, próximo da Ponte Seca, no bairro Monte Bérico, por volta das 19h.
A dona de casa conheceu Pires na infância. Ele e o filho dela, Guilherme Paniz Reolon, 31, cresceram juntos, e o motociclista passou muitas na casa da sua família.
— Conheci ele com seis anos, ele ia todos os dias na minha casa. Era um rapaz muito carinhoso. Ficamos um tempo sem nos vermos, mas em 2020 nos reencontramos, ele veio até a minha casa e falamos sobre a infância dele. Estou em choque — disse Rosa, neste sábado (1).
Morador do bairro São José, Pires já havia sofrido um grave acidente de trânsito quando tinha 18 anos.
— Ele era apaixonados por carros, gostava muito de dirigir. Quando ele tinha 18 anos sofreu um grave acidente de carro. Não lembro detalhes, mas lembro bem que ele ficou uns 20 dias na UTI. Todos nós ficamos em oração por ele. Ele se recuperou e ficou sem sequelas, agora infelizmente um novo acidente tirou a vida dele — lamenta.
O amigo Guilherme define Pires como uma pessoa muito calma.
— Não nós víamos há tempo, mas ele sempre foi calmo, tranquilo e apaziguador no grupo de amigos. Ele reencontrou minha mãe e marcamos de nos reencontrar, mas com a pandemia acabamos não nos vendo — afirma o contador.
Para Guilherme, fica a lembrança da infância, dos jogos de bola nas ruas do bairro onde cresceram.
— Lembro de nós jogando futebol, taco e videogame, mas principalmente dos nossos jogos de futebol na rua —conta.
O corpo de Pires está sendo velado neste sábado na capela Cristo Redentor. O sepultamento está marcado para este domingo (2), por volta das 9h, no Cemitério dos Santos Anjos, em Caxias.