O prefeito de Guaporé tomou as medidas possíveis após ser notificado pela Justiça, mas apesar disso, garante que as associações representativas do comércio e restaurantes locais já avisaram que vão abrir a partir se segunda-feira (3) independente de bandeiras. Valdir Carlos Fabris (PDT) revogou o decreto que tornava as regras mais brandas no município neste sábado (1). O documento ia ao encontro da decisão da Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste (Amesne) que definiu a gestão por conta própria das prefeituras. A decisão da Amesne, no entanto, não tem o aval do governo do estado.
— Estou perdendo o controle. Seja feito o que Deus quiser. Recebi da associação dos restaurantes da cidade que, independente de qualquer bandeira, a partir de segunda-feira (3), eles vão abrir. Eu, nessas alturas, não sei mais o que dizer. Estamos perdendo a autoridade sobre essas pessoas e elas precisam trabalhar — afirma.
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Por conta da decisão judicial, passa a valer a orientação do governo do estado, de bandeira vermelha. Conforme a notificação, de liminar deferida pelo juiz da comarca do município, João Carlos Inacio, a multa em caso de descumprimento seria de R$ 50 mil por dia.
— Já revoguei o decreto e estamos divulgando que Guaporé está em bandeira vermelha. Não tem outra saída e vamos cumprir a determinação judicial, mas há uma revolta completa, já recebi comissões na minha casa para me comunicar que não vão obedecer a bandeira vermelha, é uma situação difícil — conta.
A prefeitura terá que fiscalizar os estabelecimentos. As multas previstas partem de R$ 400. Guaporé contabiliza quatro mortes por coronavírus e 420 casos.
A mesma situação enfrentada pela prefeitura de Guaporé ocorreu em Nova Prata. Informações da assessoria de imprensa são de que o decreto está suspenso a partir deste sábado passando a valer, assim, o critério de bandeira vermelha do governo do estado.