
Crianças com idade de 12 anos ou mais estão incluídas na orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) em relação ao uso de máscara de proteção. A medida, que tem por objetivo reduzir as chances de contágio por coronavírus entre a população, também pode ser aplicada a crianças entre seis e 11 anos.
De acordo com a organização internacional, nestes casos deve ser observada a taxa de transmissão na região, bem como a habilidade da criança para o uso do item. Para crianças com menos de cinco anos, a orientação é que não sejam usadas máscaras, por segurança. O mesmo vale para crianças portadoras de deficiência ou de outras doenças, na qual o uso seja desaconselhado.
A orientação referente ao uso de máscaras por crianças foi divulgada ainda na sexta-feira pela OMS, sendo esta a primeira vez que o órgão orienta o uso do item para menores de 18 anos. A justificativa é que novos estudos mostram que crianças mais velhas têm papel potencialmente mais ativo na disseminação da doença do que as crianças mais novas.
— Acima desta faixa etária indicada, as crianças já possuem uma capacidade maior para garantir o uso de forma adequada e segura. Mas, para isso, é fundamental que elas sejam corretamente orientadas e supervisionadas por um adulto, garantindo assim que a máscara venha a contribuir para a proteção contra o novo coronavírus — afirma Fernanda Zanco dos Santos, médica residente em Infectologia do Hospital Geral de Caxias do Sul.
O uso da máscara de proteção foi uma das primeiras medidas tomadas em nível mundial como forma de prevenção ao contágio. A disponibilidade do material para profissionais de saúde fez com que o uso de versões feitas de tecido também fossem incentivadas pela OMS e por diversos especialistas da área da Saúde como forma de reduzir as chances de contaminação.
— O uso correto das máscaras, sendo elas de tecido, cirúrgicas ou N95 (a depender da indicação), a higienização das mãos, a etiqueta respiratória e o distanciamento social continuam sendo de fundamental importância para reduzir a transmissão do novo coronavírus — reforça a médica.