
A situação da Companhia de Desenvolvimento de Caxias do Sul (Codeca) é tida como a mais difícil dos últimos anos no que se refere ao setor de finanças. Um balanço foi apresentado pelo diretor-presidente, Nestor Basso, em coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira (11) na prefeitura de Caxias do Sul.
O ano de 2019 apresentou R$ 14 milhões em prejuízos. A quantia ainda pode aumentar já que, segundo a diretoria, um relatório final será conhecido na próxima semana. A partir disso, será definido se a Codeca irá pedir auxílio da prefeitura.
—Não é uma impossibilidade! Não descartamos o aporte para conseguirmos inverter a curva e retomar a estrutura da companhia - disse Basso
O déficit de 2018 está avaliado em cerca de R$ 1 milhão. A grande diferença, se comparado ao resultado do ano passado, se deve a fatores como a ausência de reajustes em contratos e a perda de clientes. Já em 2017, o prejuízo foi de R$ 7 milhões enquanto o ano de 2016 apresentou cerca de R$ 550 mil em perdas.
De acordo com o diretor administrativo financeiro da Codeca, Luis Felipe Burtet, se houver recuperação de clientes - como estabelecimentos comerciais que utilizam o serviço de coleta orgânica - o faturamento poderá ser restabelecido em cerca de R$ 250 mil mensais.
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Além disso, é esperado um acréscimo de R$ 4 milhões ainda neste mês caso os reajustes de contratos sejam efetuados. Conforme Burtet, esses reajustes já são previstos e, por isso, a atitude da atual gestão será apenas efetivar.
Outro ponto apresentado foi o aumento no valor de insumos aditivos que são utilizados na liga asfáltica para obras de manutenção no município. Houve um aumento de 40% em 2019, segundo os dados apresentados.
Mesmo com a conta negativa, a Codeca pretende retomar operações como a de tapa-buracos nas ruas da cidade. Para capina de rodovias dentro do perímetro urbano, é aguardado um parecer principalmente do Departamento Autônomo de Estradas e Rodagem (Daer) para que a Rota do Sol possa receber a manutenção.