Por meio de nota, a prefeitura de Farroupilha ressaltou que a solicitação de equipes do Exército para auxiliar nos trabalhos de desbloqueio da RS-122 se torna imprescindível, uma vez que a estrada é vital para toda a Serra. Não há um posicionamento oficial do Exército sobre a possibilidade. Para o prefeito Claiton Gonçalves, o bloqueio que completa um mês nesta quarta-feira (4) afeta os setores da saúde, comércio, serviços, indústria e turismo, entre outros.
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Ao Pioneiro, Claiton diz que os farroupilhenses passaram a depender da VRS-813 para encurtar o caminho até a BR-470 em Garibaldi, estrada que está deteriorada. Outra parte tem recorrido ao desvio por Alto Feliz, que também não comporta o tráfego pesado.
— Falamos com o gabinete do governador e ele comprometeu a colocar força extra para pelo menos limpar e liberar uma pista. Farroupilha perde porque por aqui passam 5 milhões de pessoas e muitas param para consumir, fazer turismo. A moda atrai muita gente. Quantos deixaram de vir a Farroupilha? Não se sabe, vamos ver o impacto lá adiante, com a arrecadação tributária e quanto pode ter diminuído.
Conforme o prefeito Claiton, equipes de fiscalização da prefeitura identificaram a possível origem do desmoronamento na RS-122. Segundo ele, a mata nativa no alto da encosta foi arrancada e substituída por lavoura em data incerta. Essa mudança dificultou a drenagem natural, permitiu o encharcamento da terra e levou à queda da barreira. A área citada pelo prefeito pertence ao município de Alto Feliz.
— Houve um manejo equivocado. Diante disso estou pedindo para notificar todos os agricultores de Farroupilha para que façam o manejo correto ao longo da rodovia.
Sobre a constatação na encosta, a prefeitura fará uma comunicação ao prefeito de Alto Feliz e sugerirá algum tipo medida.
"Estamos quase implorando que o governo dê um jeito"
Os empresários pressionam as entidades de classe para que busquem uma resolução para breve junto ao governo estadual. A intenção é trazer a Farroupilha o secretário estadual dos Transportes, Juvir Costella, para pedir explicações. O encontro deve ser agendado para a próxima semana.
— Temos recebidos inúmeros pedidos para pressionar o Estado. Sabemos que o custo aumentou para tudo, o trânsito piorou, tem dado impacto. Eu mesmo levei 40 minutos para circular na RS-446 (entre Carlos Barbosa e São Vendelino), quando antes precisava de 20 minutos — diz Edson Vinicius Morello, presidente da Associação das Entidades Representativas de Classe Empresaria Gaúcha (CIC Serra).
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Em Farroupilha, segundo a CIC da cidade, o faturamento dos comerciantes caiu pela metade.
— As malharias estão sofrendo porque os ônibus não estão chegando até aqui. Outras lojas estão com queda no faturamento de até 50%, 60% principalmente nos fins de semana — complementa o presidente da entidade, Daniel Bampi.
A CIC de Caxias do Sul tem recebido relatos de cargas sendo entregues com atraso.
— Você perde mais de hora pra chegar em Vila Cristina e há de convir que antes duas estradas faziam esse deslocamento. Quando se tira a principal rodovia, a outra rodovia não têm condições de receber toda essa carga. Acreditamos que pode acontecer esses problemas nas estradas, mas o Estado tem que estar preparado. Estamos quase implorando que o governo dê um jeito — critica Ivanir Gasparin, presidente da CIC.
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