Diante da perspectiva de fechar o ano com um déficit financeiro milionário, o Hospital Geral (HG) de Caxias do Sul estuda ampliar a venda de serviços para convênios de saúde. Hoje, a rede privada consegue comprar atendimentos de radioterapia na instituição que, fora este serviço, atende integralmente pelo SUS. Agora, a direção estuda oferecer também quimioterapia.
O diretor geral do HG, Sandro Junqueira, destaca a forte experiência nesta área de tratamento do câncer, mas diz que existe a possibilidade de outros serviços ambulatoriais terem uma parte destinada aos planos de saúde. A quantidade de atendimentos que serão vendidos ainda não está definida, porque isso depende também do interesse dos planos de saúde.
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Em 2018, o hospital começou a vender serviços na área da radioterapia. No entanto, ainda é sustentado principalmente com recursos públicos. Junqueira salienta que a busca por recursos privados tem o objetivo de diminuir a dependência do poder público. Segundo ele, déficits financeiros se acumulam desde 2015, com a necessidade de injeção de recursos da Fundação Universidade de Caxias do Sul (FUCS), que é responsável pela gestão do hospital.
Para este ano, o déficit previsto é de cerca de R$ 7 milhões. A perspectiva é que este valor possa diminuir com a entrada de novos recursos, como verbas federais destinadas por deputados. Nesta semana, por exemplo, o HG recebeu a garantia de destinação de R$ 2,3 milhões por meio de emendas parlamentares. Este dinheiro será usado para o custeio, ou seja, manutenção dos serviços.
Outros dois hospitais de Caxias também tiveram nesta semana a confirmação de emendas parlamentares. O Pompéia receberá 2,4 milhões e, o Virvi Ramos, um total de R$ 700 mil. Conforme a Secretaria da Saúde, a publicação destes recursos no Diário Oficial do município significa que eles serão liberados em breve.