A equipe que atua na desobstrução do km 43 da RS-122, em Farroupilha, planeja realizar duas novas detonações ainda nesta sexta-feira (6). A medida é para fragmentar rochas que não se quebraram totalmente na explosão realizada quarta-feira (4) e, dessa forma, facilitar o trabalho de recolhimento. As explosões estão previstas para ocorrer entre o início e o fim da tarde.
A intenção inicial era remover a maior parte das pedras menores antes da destruição das rochas que ainda restam. No entanto, a equipe resolveu antecipar a implantação de explosivos porque o atual cenário dificulta a circulação das equipes de um lado a outro da barreira. Após as detonações, a expectativa é de que seja mais fácil abrir caminho entre as pedras.
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Por volta das 9h30min desta sexta, pelo menos duas retroescavadeiras atuavam na remoção do material derrubado da encosta, estimado em 12 mil toneladas. Uma retirava pedras de uma plataforma mais próxima do alto da encosta e depositava na parte de baixo. Já a outra recolhia as pedras menores no lado norte (em direção à Serra). O entulho era levado por dois caminhões até um aterro junto à faixa de domínio da rodovia, a poucos quilômetros de distância.
Em uma terceira frente de trabalho, no lado sul, equipes da empresa Boqueirão Desmonte realizavam as perfurações nas rochas. Esse trabalho é mais simples e rápido que aquele realizado no alto da encosta porque não demanda uma perfuratriz. Os explosivos que serão utilizados chegaram ao canteiro de obras por volta das 11h para serem implantados nas pedras.
Também há pedras maiores a serem detonadas no lado norte. Quando elas estiverem sendo preparadas para a explosão, a limpeza vai se concentrar no lado sul.
Também na manhã desta sexta, uma equipe de técnicos de uma consultoria contratada pelo Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) verificou o topo da encosta a fim de coletar dados para a elaboração de um projeto de drenagem. A intenção é construir uma rede de canaletas para impedir que a água da chuva desça a encosta, o que facilita os desmoronamentos. As canaletas devem desviar a água para a rede de drenagem já existente na rodovia.
Na quarta-feira, após a detonação da encosta, o secretário de Logística e Transportes do Estado, Juvir Costella, projetou para a próxima terça-feira (10) a liberação parcial da rodovia. O prazo, porém, depende do andamento do trabalho. Chuva, por exemplo, não impede a obra, mas reduz o ritmo de atuação das equipes. Além disso, somente após a remoção da maior parte do material é que será possível avaliar a integridade do asfalto. Caso tenha sido danificado, será necessário recuperar o pavimento antes de desbloquear a estrada, o que pode demandar um tempo adicional. O trabalho deve seguir ao longo do fim de semana.