O secretário de Logística e Transportes do Estado, Juvir Costella, disse nesta segunda-feira (25) que os recursos necessários para manutenção de estradas e retomada das obras no Estado estão previstos para serem liberados nesta semana. São de R$ 8 a R$ 9 milhões referentes a dívidas que o Estado possui com a empresa Stratura, fornecedora de asfalto.
Em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, Costella disse ainda que as obras precisam ser realizadas entre abril e março para evitar contratempos com o período de inverno, quando a chuva frequente prejudica o cronograma. O secretário não arriscou um prazo para entrega das obras, mas projetou quando elas podem começar.
— Se tiver recurso a partir de amanhã (terça, dia 26), na quarta iniciamos as obras no Rio Grande do Sul. Nosso problema é exclusivamente de recursos, não há outro. O Daer está pronto, nós temos obras licitadas, temos obras contratadas, temos obras em andamento — explica.
Conforme Costella, uma reunião com o próprio governador, Eduardo Leite (PSDB), será realizada no fim da tarde desta segunda. A partir da liberação dos recursos, será elaborado um plano de trabalho para todo o Estado. A intenção, segundo o secretário é, no mínimo, amenizar os problemas, caso não seja possível concluir até o inverno.
A retomada no fornecimento de asfalto interessa especialmente à Serra, que tem as obras nos acessos a Forqueta e a Fazenda Souza paralisadas, além de muitos buracos na ERS-122. Ao longo do domingo, o Pelotão Rodoviário de Farroupilha identificou casos de veículos que furaram dois pneus ao mesmo tempo entre o quilômetro 47, conhecido como o da "Curva da Morte", e os quatro quilômetros seguintes, em direção a Farroupilha. O trecho da ERS-122, nas proximidades de indústrias, como a Trombini, também está bastante degradado.
A RSC-453, entre Farroupilha e Bento Gonçalves, é outra rodovia com trechos esburacados. Nas últimas semanas, o comandante do pelotão, Marcelo Stassak, solicitou ao Daer reparos emergenciais nas rodovias, mas recebeu como resposta, justamente, o mesmo problema da falta de asfalto.
Conforme Costella, a ERS-122 é uma das prioridades do governo e projetos prevendo um viaduto na Curva da Morte já estão em fase de análise. Os estudos foram contratados pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) para verificar os custos da obra e uma possível cobrança de pedágio por parte da estatal para viabilizar os investimentos.