A novela envolvendo o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) e a comunidade de Forqueta, em Caxias do Sul, ganhou mais um capítulo na manhã desta sexta-feira (22). Moradores aproveitaram a movimentação do início da Festa da Uva 2019 para protestar contra a demora nas obras de acesso à comunidade, que se arrastam há quase dois anos, e os buracos e os matos na ERS-122. Uma faixa foi instalada às margens da rodovia.
Segundo o presidente da Associação de Moradores (amob) de Forqueta, Dagoberto André dos Santos Júnior, a indignação dos moradores se refere, principalmente, à falta de diálogo com o Daer e à demora na conclusão da obra, que é requisitada desde 2017, quando os moradores criaram a "Família Buracon", exigindo atenção sobre o acesso à comunidade.
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Hoje, os moradores reclamam do risco de atravessar a rodovia para ingressar no bairro, principalmente em horários de pico, quando se forma uma grande fila na ERS-122. Inicialmente, havia se pensado em colocar um conjunto de sinaleiras, mas o projeto foi descartado. A intenção da autarquia é construir um refúgio para retorno entre o final do km 64 e o início do km 65, utilizando o espaço da antiga praça de pedágio de Farroupilha. A obra até chegou a ser iniciada, porém, desde outubro do ano passado, conforme Dagoberto, estão em ritmo lento e chegaram a parar completamente nas últimas semanas. E o que era para ser uma solução virou um segundo problema:
— A nossa indignação é que não temos respostas. Estamos desamparados. Neste novo governo nem sabemos com quem falar, de quem cobrar. Agora, com a chegada da Festa da Uva, vimos uma movimentação na cidade de servidores roçando, "maquiando" outros pontos da cidade, enquanto Forqueta segue desse jeito. Perto ao posto da Polícia Rodoviária Federal, colocaram cones, diminuindo uma das faixas. Vira um transtorno no horário de pico _ reclama o presidente da Amob.
Além da paralisação nas obras de acesso ao bairro, Dagoberto também aponta às más condições da ERS-122, com buracos, e a falta de roçada:
— Quando tentamos entrar no bairro, pelo acesso, a gente não enxerga porque tem mato alto tapando a visão. É um risco para os motoristas.
Em nota, o Daer respondeu que "essa obra foi atingida pela questão do fornecimento asfáltico, que afeta todo o Estado. O governo está buscando os recursos disponíveis para normalizar o fornecimento, garantindo, assim, o ritmo desejado das obras rodoviárias. Não há como precisar um prazo, mas a demanda está sendo tratada com prioridade. Em relação aos serviços de manutenção, eles dependem do contrato de conserva que está sendo renovado com a empresa Encopav."
