O telefone de um orelhão toca e, instantaneamente, Pedro Lazzarotto, sete anos, corre para atender. Logo após o “alô” ele silencia. Responde a algumas perguntas com voz nervosa e quase de forma monossilábica – entre elas, explica o que gostaria de ganhar de presente de Natal e desliga. Satisfeito, avisa:
– Era o Papai Noel. Ele queria saber se me comportei esse ano.
Pedro é uma das centenas de crianças que, por meio da iniciativa de uma loja de Caxias do Sul, teve a chance de falar diretamente com o bom velhinho. A cena se repete diariamente no primeiro andar das Lojas Dallas, comércio que fica nas margens da BR-116 e aposta todas suas fichas na data mais importante do calendário cristão. O Natal virou assunto sério por lá. As ligações que Pedro e outras crianças atendem partem do proprietário da loja, e são recebidas em um orelhão resgatado de um terreno baldio que a família Rech reformou especialmente para que a ligação com o Polo Norte não tivesse ruído. Quando uma criança entra na loja, um sino toca. É o aviso para que Leonardo Rech, 22 anos, prepare o discurso, saia da loja, ligue para o orelhão e faça o telefone tocar. E não são só crianças que atendem a ligação:
– Tem gente de todas as idades, mas crianças e idosos são os que mais se emocionam.
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