No início da tarde desta segunda-feira uma agência do Banrisul foi assaltada em São José dos Ausentes. Este foi o 9º caso registrado na Serra Gaúcha somente em 2016. Seis dos assaltos a bancos registrados neste ano foram à mão armada e com reféns, outros três foram arrombamentos à noite.
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Para o Coronel Antônio Osmar da Silva, comandante do CRPO/Serra, o pouco efetivo não justifica a frequência dos crimes. Segundo ele, o aumento dos casos está ligado à legislação branda para este tipo de delito, à tecnologia disponível para facilitar as rotas de fuga e também o acesso à informações privilegiadas.
Serra registra nove ataques a bancos em 2016
- Certamente estes crimes têm uma assinatura, pois temos visto sempre o mesmo tipo de ação. O problema é que ladrão de banco fica pouco tempo preso por causa das nossas leis. Mas, para nós, falta de efetivo não é desculpa, hoje (ontem) temos mais de 150 homens fazendo buscas na região- ressalta Silva.
Conforme o Delegado Joel Wagner, da Delegacia de Roubos do Departamento Especial de Investigações Criminais (Deic), o assalto a banco é um delito difícil de investigar, já que os criminosos estão sempre mascarados e se comunicam pouco. Mas a probabilidade é de que mais de uma quadrilha age na região.
- Uma das nossas hipóteses é de que indivíduos que já estiveram presos por este tipo de crime tenham sido soltos e se reorganizaram para voltar a agir. Provavelmente temos mais de uma quadrilha já que os crimes de Otávio Rocha e Esmeralda aconteceram praticamente ao mesmo tempo. Já os assaltos de Nova Petrópolis, Monte Belo do Sul e Otávio Rocha parecem ter sido praticados pelo mesmo grupo, pelas semelhanças que apresentam - explica Wagner.
Violência
Brigada Militar não relaciona assaltos a bancos ao baixo efetivo em cidades do interior
Outros fatores, como fácil acesso a rotas de fuga, são apontados como motivadores
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