Com o propósito de recadastrar pelo menos 1 mil eleitores por dia, o Cartório Eleitoral de Caxias do Sul detalhou, nesta segunda-feira, como é o processo de coleta de dados para o voto biométrico e de que forma a tecnologia agilizará os próximos pleitos na cidade.
A partir de 2016, a papelada será substituída totalmente pelo método eletrônico: o cidadão é identificado por meio da digital do polegar ou do indicador. O recadastramento, que já ocorre, servirá para combater fraudes e identificar quantos eleitores estão aptos para participar das eleições. Todos eleitor com domicílio na cidade deve comparecer para registrar as suas impressões digitais até o dia 16 de março de 2016.
O processo também inclui a atualização de dados pessoais, endereço, coleta de assinatura digital e uma foto. Quem não atender ao chamado, terá o título cancelado.
O atendimento já ocorre desde junho, mas o processo será ampliado porque houve mudança na estrutura interna do cartório, com a abertura de 30 guichês e contratação de estagiários para auxiliar 16 servidores. Como a procura ainda é baixa, o procedimento leva cerca de 10 minutos, em média. Caxias tem 330.500 eleitores registrados.
- A nossa capacidade é para receber 1,2 mil pessoas, mas acreditamos que se alcançarmos 1 mil por dia será um bom número, e possivelmente o tempo de espera será maior - lembra o chefe de cartório da 169ª Zona Eleitoral, Edson Borowski.
É possível acelerar o trâmite por meio da internet. O eleitor poderá fazer um pré-cadastro com dados que serão confirmados pessoalmente ou agendar o horário de atendimento no site do Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
Uma demonstração do recadastramento foi dada pelas juízas eleitorais Maria Olivier e Luciana Bertoni Tieppo na tarde desta segunda-feira. As duas magistradas informaram os dados e confirmaram as digitais em pouco menos de 10 minutos. Maria Olivier teve dificuldade apenas para confirmar a impressão de um dos indicadores, problema que pode ocorrer com muita gente.
- Danifiquei a digital desse dedo com uma cola tempos atrás - explicou a magistrada.
Edson diz que contratempos semelhantes serão resolvidos com relativa facilidade. Por esse motivo, o eleitor digitaliza todos os dedos. Contudo, na hora da votação, a urna pedirá apenas as digitais do indicador ou do polegar.
- Isso ocorre porque o equipamento tem uma capacidade limitada de armazenamento de imagens - esclarece o juiz da 16ª Zona Eleitoral de Caxias, Carlos Frederico Finger.
Além de agilizar o processo de votação (não será necessário nem assinar o caderno de comparecimento), a Justiça Eleitoral prevê mais transparência.
- Apesar de não termos identificado fraudes nas últimas eleições. Essa tecnologia impede que alguém se passe por outra pessoa - reforça Maria Olivier.
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