Em quatro meses, mais de 100 animais são furtados em fazendas de São Francisco de Paula

Criadores de gado de Cazuza Ferreira e Lajeado Grande, em São Francisco de Paula, estão apavorados com as proporções que o abigeato (furto de gado) tem ganhado na região. A reportagem apurou que pelo menos 104 cabeças de bois, novilhas e carneiros foram furtadas de quatro fazendeiros em quatro meses . Os criadores dizem que o número é ainda maior.

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Os abigeatários, como são chamados os ladrões de gado, seguem um padrão: durante a noite ou madrugada, cortam as cercas das propriedades e carregam um caminhão geralmente com 20 a 30 reses. Embora seja comum neste tipo de crime, poucos são os relatos de reses terem sido carneadas no campo.

Em uma propriedade em Cazuza Ferreira, em março, 31 vacas da raça Angus foram furtadas em um final de tarde chuvoso de um domingo.

- Eles tocaram o gado para baixo de uma plantação de pinheiros e cortaram a cerca que dava para a estrada. Mas o rastro do gado e as marcas do caminhão indicavam outro caminho - conta um criador.

Outro fazendeiro de Cazuza conta que 25 bois que estavam apartados de uma invernada foram carregados durante a madrugada de 29 de abril. Havia animais das raças Angus, Devon e Nelore. No dia seguinte, foram encontradas as marcas de óleo diesel e da rampa montada para carregar os animais no caminhão.

Audaciosos, os ladrões chegaram a furtar 13 carneiros de uma invernada a 800 metros da sede da propriedade, em Lajeado Grande. O crime foi na madrugada do dia 10 de maio. Os animais, da raça Ile de France, são comercializados em exposição por R$ 2 mil cada. Menos de um mês depois, eles furtaram 13 novilhas da raça Aberdeen Angus, em outra propriedade do mesmo criador.