
Um ano depois da intervenção da prefeitura de Farroupilha, o Hospital São Carlos ainda enfrenta dificuldades financeiras. Apesar disso, segundo a direção, a dívida diminuiu cerca de R$ 1 milhão desde 13 de março de 2014, quando a administração municipal requisitou, por meio de decreto, os bens e serviços da instituição de saúde.
Na época, a prefeitura considerou que o cenário era de calamidade pública. A dívida estava em R$ 18 milhões e, agora, é de cerca de R$ 17 milhões. Em atraso, estão pagamentos a prestadores de serviço (incluindo médicos), fornecedores, bancos, impostos e fundo de garantia.
As situação financeira foi um dos motivos para o prolongamento do período de intervenção por seis meses. A previsão era que ele se encerrasse nesta sexta-feira. Porém, prefeitura, gestores e associados decidiram prorrogar o prazo. O gestor do hospital, Enrique Rodriguez de Almeida Roballo, destaca pontos considerados como conquistas ao longo do último ano:
- De lá para cá, o município capitalizou recursos com o governo do Estado, pagou salários atrasados, os médicos recomeçaram a fazer cirurgias eletivas e a dívida reduziu em torno de R$ 1 milhão.
Apesar disso, o São Carlos ainda tem uma demanda reprimida de cerca de 500 cirurgias eletivas. O gestor garante que houve diminuição dos pacientes em espera, mas não informou qual era o número em março de 2014.
O que mudou também foi a intenção de tornar o atendimento 100% SUS. Apesar de ter sido fortemente defendida no período imediatamente posterior à intervenção, a medida foi descartada porque, segundo a Secretária da Saúde, Glória Menegotto, a maioria da população de Farroupilha tem plano de saúde. Além disso, ela argumenta que a tabela para pagamento de procedimentos pela rede pública é muito baixa.