Sei, o resumo resumido da vida de Plácido de Castro está se alongando além da paciência amazônica dos 17 leitores da coluna, mas. Mas prometo que a saga se encerra com o ponto final destas maltraçadas.

Onde estávamos? (não, dirigentes do Carnaval, não precisam vir nos socorrer, encontraremos o rumo sem necessitar da sua inconsistente e questionável liderança).
Dizíamos que a 9 de agosto de 1908 Plácido sofreu uma emboscada. Baleado pelas costas por jagunços contratados por um rival, Plácido agonizou por dois dias. Antes de expirar, ardendo em febre, imploro a um irmão:
"Logo que puderes, retira daqui os meus ossos. Direi como aquele general africano: 'Esta terra que tão mal pagou a liberdade que lhe dei, é indigna de possuí-los'. Ah, meus amigos, estão manchadas de lodo e de sangue as páginas da história do Acre... Tanta ocasião gloriosa para eu morrer..."
O corpo de Plácido de Castro foi transladado para Porto Alegre e sepultado no Cemitério da Santa Casa. Consta que lá no meio dos seringais singelo monumento eterniza os feitos do gaúcho.
Em 2004, no centenário do Tratado de Petrópolis, o nome de Plácido de Castro foi incluído no Livro de Aço, o Livro dos Heróis da Pátria, preservado no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, em Brasília.
Fim.
Termina assim a história do gaúcho herói no Acre e nome da rua mais polêmica de Caxias. A história de Plácido é ou não um samba-enredo prontinho?
Outro episódio com potencial para virar samba é o vaivém de decisões sobre os aeroportos gaúchos. Eliseu Padilha, o ministro da Aviação (!), está igual cachorro esquecido em mudança: ora diz não, ora diz sim, mas o que na verdade diz nunca condiz com as expectativas das comunidades, com as batalhas históricas das comunidades, com as necessidades das comunidades.
Pensando bem, e isso não é novidade, qualquer recorte brasileiro bem aparado tem Ycredencial para virar samba-enredo. O que o Carnaval ainda está nos devendo é uma interpretação mais crítica dos acontecimentos, sem perder a alegria, a irreverência, a sátira.
Alguém se habilita? (não, coordenação, ainda não será desta vez que seu papel será relevante).