As redes sociais (êta, nomezinho) vieram para ficar. O orkut, lembram?, bombou, mas assim que o populacho se apossou da ferramenta as elites debandaram para o face. Agora que a plebe rude tomou o face de assalto, aqueles que se consideram "diferenciados" estão pulando fora, migrando para um lugar menos habitado pelos alpinistas virtuais.
A fila anda também no mundo virtual...
Comunicação é poder, sabe-se desde que emitimos grunhidos, desde que desenhamos na pedra, desde que enviamos sinais de fumaça. As redes sociais (êta, nomezinho), pois, vieram para ficar, independentemente do formato, dos objetivos, do público, do alvo.
Não é o colunista primitivo aqui falando, são as pesquisas, são os bilhões de adeptos, é a mídia certificando o novo modelo de mídia. Na redes sociais (êta...) tudo pode, todos podemos, mas.
Mas a falta de noção grassa.
Às vezes o que menos predomina nas redes sociais é o aspecto social das redes.
Ataques, achaques, julgamentos e precipitações são publicados sem critério algum, com a naturalidade de quem pede "me alcance o saleiro, por favor." No incontrolável vaivém da (des)informação, contudo, o vivente acaba por se desentender com o próprio conteúdo e comete equívocos do arco. Poucos se dão conta de que tudo o que escrevemos hoje permanecerá gravado para todo o sempre. Ali na frente os arqueólogos vão localizar facilmente o que cometemos no mundo virtual.
Arrependimentos estão descartados, portanto.
Tem uma categoria de frequentador de rede social que é especialmente abominável e daninho. São os funcionários públicos, pagos por nós, que mamam nas tetas dos governos e que passam horas e horas do expediente comentando, atacando, julgando, opinando, criticando.
É praticamente impossível medirmos a produtividade de alguns funcionários que nós pagamos, mas a frequência com que passam nas redes sociais indica que não sobra muito tempo para que eles trabalhem.
Alô, patrulha: não estou generalizando, o chapéu é sob medida, pois todos sabemos quem de fato trabalha e quem passa o tempo brincando de deus nas redes sociais (êta).
Opinião
Gilberto Blume: O chapéu é sob medida, todos sabemos quem passa o tempo brincando de deus nas redes sociais
Poucos se dão conta de que tudo o que escrevemos hoje permanecerá gravado para todo o sempre
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