Com atenção dos mais comprometidos eleitores, José Luceno e Teresinha Belem acompanharam o debate da noite de quinta-feira na RBS TV, o último entre José Ivo Sartori (PMDB) e Tarso Genro (PT). Contudo, tão logo o jornalista Tulio Milman anunciou que os candidatos ao Piratini iriam para as considerações finais, o casal que o Pioneiro irá acompanhar pelos próximos quatro anos se sentiu frustrado por não ter ouvido discussões aprofundadas sobre os temas que mais aguardavam: saúde e segurança.
- Seria melhor se convidassem pessoas normais para fazer as perguntas para eles, falar de assuntos que interessam mais. Se deixar, eles só ficam se atacando e falando do passado de cada um. O tema mais importante, que é a saúde, não foi discutido - comentou Teresinha.
As reações do carpinteiro e da diarista do bairro Villa Lobos dá o tom do quanto o debate pode se ater a temas que geram pouca identificação com o eleitor comum. O primeiro bloco, por exemplo, em que se debateu a dívida do Estado, foi o que mais dispersou a atenção dos dois telespectadores, pouco interessados nas acusações de Sartori sobre a demora de Tarso em renegociar a dívida e da defesa feita pelo petista.
- Segurança também foi bem pouquinho que falaram. Um diz que fez isso, o outro aquilo, mas como está hoje não está bom e não falaram como pretendem melhorar _ protesta José Luceno.
Entre uma e outra exclamação diante de uma crítica mais contundente feita por algum dos oponentes - às vezes com direito a um pequeno assovio - e algumas gargalhadas quando se mencionava a famigerada piada feita por Sartori a respeito do piso salarial dos professores, o casal teve nos 60 minutos do debate poucos subsídios capazes de reafirmar uma convicção em um candidato ou mesmo mudar o voto do primeiro turno.
- Para mim, continua a mesma coisa. A chance que tinham para mudar alguma opinião com propostas mais interessantes, acho que não aproveitaram. Preferiram dar de laço um no outro - definiu José.
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