O drama do puma vítima de atropelamento em Cambará do Sul continua. Após conseguir fazer com que o felino comesse, os esforços da equipe do Gramadozoo, que cuida do animal desde 13 de agosto, são para incentivar que ele caminhe pelo recinto. O puma apresenta lesões de pele ocasionadas pelo atropelamento, e o fato de permanecer mais tempo deitado na mesma posição agravou os ferimentos.
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Segundo o veterinário Renan Stadler, responsável técnico do Gramadozoo, a equipe está virando o animal com um cambão quatro vezes ao dia.
- Nós estamos estimulando ele a caminhar e a ficar deitado em outra posição. Além de medicá-lo duas vezes por dia, viemos durante a madrugada para virá-lo de lado - conta Stadler.
Conforme o veterinário, a equipe também substituiu a forração do piso do recinto.
- Trocamos a casca de arroz por feno. Tudo para aumentar o bem-estar dele - afirma.
Apesar das lesões de pele, o veterinário observa que o animal está mais forte. Ele está comendo uma média de 2,5 quilos de carne de frango diariamente. O puma foi trazido ao zoo na noite de 13 de agosto, após ser resgatado na ERS-020, em Cambará. Os profissionais acreditam que ele tenha sido atropelado e tenha ficado 20 dias sem comer até ser resgatado. Com fratura exposta, a pata traseira esquerda do animal precisou ser amputada.
O caso expõe um drama diário vivido pelos animais da fauna brasileira. No país, 470 milhões de animais morrem anualmente vítimas de atropelamento.
